terça-feira, 16 de outubro de 2012

Recompensa e o Evitamento da perda.


Existe um ponto de convergência no cérebro humano que é necessário entender. O ser humano guia-se, motivacionalmente, por dois grandes padrões: a Recompensa e o Evitamento da perda.
Neste sentido é necessário preparar uma cidade para estimular estas áreas neurobiológicas, que por motivos de extensividade iremos apenas salientar algumas zonas. Inspirado por uma visita por Itália, fui percebendo que o Marketing das cidades não é novo, o que aconteceu é que perdemos capacidades para o entender como tal… Ora vejamos como estimular estruturas, ilustrado com exemplos da antiguidade clássica.
Córtex Orbitofrontal – Esta área associada à recompensa é fortemente estimulada por dopamina. Para aumentar a dopamina no organismo dos utilizadores de uma cidade, pode-se seguir o exemplo dos artistas do renascimento. Grandes estátuas surgem onde e quando menos se espera, monumentos grandiosos alimentam a surpresa que deve ser constante. Além da surpresa a recompensa, e veja-se o que se fazia na antiga Roma… Espectáculos de gladiadores, lutas com feras exóticas… Enfim é o show “Grátis” para o utilizador da cidade. As festas eram sem dúvida alguma uma forma de aumentar a confiança dos utilizadores, onde eram organizados grandes bailes em que a música clássica era constante proporcionadora de prazer e de exclusividade… Não era o tudo para todos, mas tornava cada utilizador da cidade especial.
Núcleo Accumbens – Por falar em prazer, esta é a estrutura do prazer por excelência. Na antiguidade, por exemplo em Florença, existe um apelo à sexualidade e ao perfeccionismo estético, ilustrados por imensas esculturas perdidas pela cidade, como por exemplo o David de Miguel Angelo e a Judite e Holofernes de Donatello que ilustram a majestosa entrada do Palazzo Vecchio, agregado pela perfeição do corpo humano mostrando toda a sua volúpia na loggia dei Lanziestimulando o espanto pelo perfeccionismo, mas ao mesmo tempo excitação pelas representações de poder e sexualidade agregante. As pinturas, a música, a comida, o divertimento e a forma de vestir dos utilizadores das cidades são outro ponto alto na estimulação do prazer… Veja-se o sucesso dos carnavais (sejam de Veneza, do Rio de Janeiro ou de Barranquilla)… Todos com pontos comuns: o prazer é valido por um tempo determinado!
Hipocampo – O hipocampo é a área das memórias… Essencial estimular para receber turistas numa segunda viagem, para um marketing viral ou para uma simples recomendação. Mais uma vez os antigos eram exímios, ilustravam as suas cidades com decoração que ilustrava a religião (que do latim significa religar as pessoas em torno de algo), os deuses, as histórias de guerras e batalhas… se as religiões sao tão importantes e se promovemos a liberdade religiosa, porque não atrair as religiões para a cidade? Porque não incentivar à construção dos seus templos? A memória colectiva que tanto falava Jung! Neste campo importa trazer Kanehman à discussão, o laureado da Psicologia, que descobriu que os últimos momentos de uma memória, “indexam” a qualidade dessa mesma memória. Então deve a cidade preocupar-se com as despedidas. E como sabe isso? Com os hotéis… Proporcionar surpresas aos visitantes, como oferecer uma coroa em louro (como se fazia na antiga Roma), dizer um “até já” de forma original evocando as memórias colectivas, é outra forma de estimular esta zona indexando memórias.
Hipotálamo – Uma estrutura que se move para controlar as necessidades básicas do ser humano, a fome e a sede são controlados por criação de uma boa rede de restaurantes e bebedouros, como a Piazza Madonna dei Monti em Roma. A temperatura é outra questão fundamental que é controlada por esta zona. Assim criar sombras e espaços verdes para o Verão, com “bufadores” de água com aromas pode indexar uma cidade de forma muito forte. No frio e na chuva… Criar circuitos com cobertura para as zonas fundamentais… Ajuda os comerciantes e faz circular as pessoas com mais comodidade! Podem ser uma espécie de “verandas” que funcionam para chuva no Inverno e para sombra no Verão. O Hipotálamo também reage a estímulos “provocantes”. E porque não ilustrar a cidade com imagens gigantes (que podem cobrir edifícios velhos e devolutos) com provocações a quem passa? O desafio é algo que o nosso cérebro adora!
Córtex Pré-Frontal – O que mais precisa uma cidade do que uma oferta de ócio, lifestyle e qualidade de vida? Para onde ir quando não se sabe o que fazer? Uma cidade tem que responder a estas questões. Já os antigos aprendiam isto, os circuitos termais, como é o exemplo das termas de Diocleciano que tinham 13hectares e acolhiam 3000 pessoas, as piscinas publicas como as Termas de Trajano, a construção das cidades junto a água, são imperativos… Então a cidade deve preocupar-se em ter entretenimento com água, fontes imperiosas, lagos artificiais espalhados pela cidade como surpresas sumptuosas… Só Roma conta com mais de 2000 fontes construídas desde o séc. IV… Parques temáticos com piscinas podem resolver o assunto das que não têm praia e servem para o Inverno como as termas romanas. Um espaço interessante que visitei foram umas termas multisensoriais em Chianciano Terme, que oferecem além das termas normais, um espaço lúdico e de estimulação brutal. Não só a oferta de lojas, mas de espaços verdes com cultura ao ar livre… O turista moderno quer ver sem pagar e por isso a estética exterior da cidade é importante. Ser original… Aí está a questão! Criem labirintos urbanos, percursos temáticos que ocupam uma tarde para oferecer ao turista a possibilidade de não viver o acaso, mas recriar a surpresa. O posto de turismo não deve ser estático devem existir na rua, junto do utilizador da cidade que não é apenas o turista, mas também o residente que tem que ser evolvido no plano da sua cidade. Assim era com os romanos, assim o faz e fazia a Igreja, envolve os crentes na preparação dos estímulos.
A cidade deve ser intuitiva, deve oferecer as necessidades dos utilizadores e por isso a forma mais e económica de o fazer é criando pontos de recolha de opinião dos utilizadores. Assim sentem-se participantes. Os antigos criavam fóruns onde se debatia, onde se resolviam problemas com os cidadãos. Criar zonas de opinião publica podem resultar em melhorias para a cidade e ajudam ao sentimento de pertença.
E se o se humano tem aversão à perda, o que fazer para ele ganhar? Criar zonas que proporcionam negócios, atrair investidores que gerem emprego, sempre foi essa a estratégia das zonas de livre comércio. Portos, entrepostos, mercados, zonas industriais, mão-de-obra competitiva e segurança. Eis algumas preocupações que se devem ter e publicitar! E não são precisos muitos monumentos… Veja-se Pisa.. Só uma torre com uma catedral e veja-se a economia que gera a uma cidade? Crie-se um espaço grande e magnânimo que atraia pela sumptuosidade… Crie-se o primeiro motivo, venda-se o produto às agências e depois é deixar fruir a cidade!
Outra ajuda que a cidade pode dar aos seus comerciantes é a realizar um estudo de necessidades da cidade… Para quê abrir mais uma sapataria se o que faz falta é uma loja de malas? Este estudo de necessidades pode ajudar os investidores que feito de uma forma rigorosa pode garantir sustento para todos… Veja-se o controlo que se fazia com as farmácias que garantia sustentabilidade do negócio, garantindo que existissem em número e localização suficiente para o utilizador durante 24h. Sem restrições a cidade pode aconselhar… Com dados fiáveis e actualizados anualmente. Ajuda também a fazer um estudo de necessidades urbanas para uma correta utilização do investimento público. Serve também para atrair investidores de universidades, hotelaria, indústria, enfim… Com uma espécie de sensos da cidade anuais podemos ter um retorno incalculável.
Outra estratégia para o utilizador da cidade pensar que ganha é promover à criação de outlet’s. O mercado de rua deve ser pensado para animar a cidade e os pequenos outlet’s em bancas podem resolver essa situação. Assim o cliente sente que nunca perde na visita à cidade. As cidades devem ser conotadas com algo, por exemplo, em Aruba as jóias são baratas, em Miami os outlet’s são muito baratos e os turistas são aconselhados a ir de mala vazia para encher lá, enfim… São marcas das cidades!
E como abrir um casino não é fácil, apostar em recintos desportivos, de eventos musicais, enfim, eventos de massas que canalizem muitas pessoas para a cidade, aumenta o interesse do investidor. Uma ideia… Porque não criar uma cidade com o nome “premium low coast”, onde com um patrocínio de uma companhia aérea se fazia um pequeno aeroporto low coast e se criava uma cidade direccionada para preços Low Coast, mas com tudo o que uma grande cidade tem… Mas mais barata!
Existe uma outra questão a pensar numa cidade… A estimulação aos sentidos. Mas como estimular os sentidos numa cidade?
Visão – As cores devem ser uma preocupação constante. Deve existir uma coerência quer durante o dia com flores, pinturas de casas, cartazes… E de noite, com iluminação de edifícios (excelente exemplo o ministério da economia da Ciudad de México), das ruas, dos bares e até dos espaços públicos. Porque não mudar as cores da iluminação pública?
Olfacto – De facto esta pode parecer a mais difícil, mas com disperssores de “bufos” de água aromatizada, com a colocação do mesmo aroma em todos os edifícios públicos, com a plantação de ervas aromáticas que tenham o mesmo aroma, criando a cultura a este aroma incentivando as pastelarias, bares e restaurantes a produzirem produtos com este aroma, aromatizando o papel de todos os documentos oficiais, enfim… Desde que exista uma estratégia o aroma está em todo lado. E que melhor estimulo para evocar memórias que não o bulbo olfactivo que projeta à amígdala e ao hipocampo?
Paladar – Este pode ser sem dúvida o mais difícil. Mas quem não recorda os pratos típicos de algum local e associa esse local ao prato, como é o caso do Leitão da Bairrada ou das Tripas à moda do Porto. Aproveitar a gastronomia e mobilizar os agentes gastronómicos pode ser fundamental… Mas aqui tem que ser pensado o utilizador da cidade! Devem ser criados menus da cidade e não apenas um prato! Tudo deve girar em torno de um denominado comum, como acontece com as pizzas, a base e a ideia é a mesma, mas existe uma adaptação a todos os gostos.
Audição – E se existisse uma música da cidade? E uma rádio e TV da cidade? Seria até uma forma de suportar custos de algumas intervenções. Colocação de colunas em toda a cidade, por exemplo, no caso de não se pretender criar uma rádio, porque não tornar a cidade a cidade de uma rádio nacional? Nos parques deveria ser aumentado o barulho e prazer da natureza com sistemas sonoros. Deviam existir zonas de inspiração onde o tipo de música é diferente para diferentes públicos.
Propioceção – Sem dúvida alguma, um dos mais importantes. Os solos de circulação devem ser diferenciados… Mais macios nas zonas de compras e de circulação lenta e mais duros e sem buracos nas zonas de circulação rápida. Devem ser tidos em conta os buracos de drenagem para não existir água nas ruas, principalmente nas zonas cobertas, mas preocupando-se com o bem estar feminino de quem anda de salto alto. Criar solos sensoriais é muito útil para avisar os invisuais e para alertar os distraídos de perigos, mas o mais útil é que permitem ao utilizador da cidade o conforto e o agrado que muitas vezes serve uma simples alcatifa colorida nas ruas de mais interesse!
Termoceção – Como abordado acima devem ser criadas ruas de “temperatura controlada”… Colocando coberturas tipo Veranda (uma espécie de vidro/acrílico com flores por cima… Verdura que floresce na Primavera/Verão criando sombra e que perece a folhagem no Outono/Inverno fazendo passar o calor do Sol e impedindo a chuva) que um Arquiteto paisagista poderá pensar sem implicar grandes custos. Colocar cogumelos de aquecimento nas ruas pode ser caro, mas e se nestas ruas semi-cobertas se criarem esplanadas com aquecimento/arrefecimento obrigatório? Aumentaria a faturação dos cafés/bares/restaurantes, criava infra-estruturas para receber os utilizadores da cidade e ao mesmo tempo ajudaria a climatizar as ruas.
Tato – E onde toca o utilizador da cidade? As mesas, balcões, assentos de autocarro/metro/comboio, touch points na rua, enfim… A preocupação com a sensibilidade e rugosidade dos materiais deve ser uma constante. Utilizar tecidos da cidade, texturas oficiais, superfícies pensadas para o toque, aromatizadas, fará com que os pequenos pormenores se formem em pequenas experiências de prazer. Bolinhas de sabão aromatizadas em algumas ruas podem funcionar muito bem e o custo não é elevado! Porque não criar um cinema multisensorial a céu aberto?
Mas mais que os sentidos é a experiência… Pensar a cidade de forma estratégica é criar um plano de comunicação com atividades para 365 dias do ano por forma a surpreender o utilizador da cidade. Além das pequenas experiências devem existir experiências familiares aos Domingos… Todos os Domingos… E mensalmente deve existir uma grande atividade com captação de grandes públicos… É isso que vai indexar a cidade na sua regularidade. Anualmente devem ser realizados 4 grandes eventos pelo menos. Assim, pensar uma cidade como se pensa um negócio é possível, e com alguma estratégia até pode dar lucro que permite o seu reinvestimento na cidade aumentando as ligações desta ao cérebro do seu utilizador! Simples não?
Bem, também é verdade que não é assim tão simples, pois é necessário estudar primeiro os cérebros dos utilizadores, pensar na estratégia existente e adequar tudo isto com os recursos existentes, mas tudo isto é possível… Basta abrir os horizontes e começar a trabalhar para a criação de cidades cool, com utilizadores satisfeitos que recomendam e que participam fazendo parte do tecido neuronal e do ADN da cidade!

Desilusão Amorosa

514586 Uma grande parte dos indivíduos já sofreram pleo menos uma decepção amorosa. foto divulgação Decepção amorosa, como superar

Às vésperas do Dia dos Namorados, o especialista em neurologia comportamental da Universidade de Iowa, nos EUA, Antoine Bechara, veio ao Brasil para explicar como esquecer um grande amor. Sua teoria é baseada em estudos sobre mecanismos cerebrais, explicados no 6° Congresso Brasileiro de Cérebro Comportamento e Emoções, que acontece até sábado (12) em Gramado, no Rio Grande do Sul.
Quase todos os ensinamentos da vovó sobre como remediar uma desilusão amorosa são explicados por estudos sobre o cérebro, órgão que comanda os sentimentos e as emoções muito mais do que seu coração, que insiste em disparar quando você vê o dito cujo.
Um dos poucos conhecimentos populares que escapa da comprovação científica é que o tempo é o melhor amigo para quem quer esquecer alguém. Segundo Bechara, o tempo nem sempre ajuda, já que as emoções permanecem, principalmente se você insiste em lembrar os bons momentos que passaram juntos. “Existe um sistema dedicado do cérebro que liga na sua memória sensações à determinada emoção. E ela sempre volta, conscientemente ou não.”
E por que ainda sentir “borboletas no estômago” toda vez que vê seu antigo amor? Dois sistemas cerebrais que explicam. O primeiro é movido pela amígdala, responsável por respostas automáticas, as sensações como seu coração disparar e você ter frio na barriga. “Isso acontece porque seu corpo reage, a pessoa é vista por seu corpo como uma ameaça – você precisa ficar alerta”, diz. A outra forma é no córtex pré-frontal, quando você lembra do amado, o que pode desencadear a mesma emoção, mesmo quando ele está a quilômetros de distância”.
Se tudo o que você quer é superar a situação, essas sensações causam desconforto, por isso o cérebro fica em conflito. De um lado, circuítos cerebrais mantêm o amor aceso; de outro, a necessidade de seguir em frente. “Aí vai do que é mais forte no seu cérebro. Se as recordações ruins forem mais fortes, elas irão ganhar a ‘luta’ na sua cabeça”, explica.
O Efeito de um fora
O neurologista destaca que, em diversos casos, se você levou um fora, é possível que fique mais apaixonada ainda. Isso acontece porque, quando nos privamos de algo, nosso corpo sente maior necessidade de ter aquilo. “Quando você se vê sem o controle da situação, você deseja mais aquilo, é como quando somos privados de comida, por exemplo”.
Ele lembra que fome, amor, sede etc. são circuitos similares e que se sobrepõem no cérebro. “Uma analogia é comparar com o paladar. São quatro sabores primários, mas existem infinitos sabores dependendo das combinações que são feitas. O mesmo ocorre com as emoções”.
Ainda assim, Bechara é um otimista. “Acredito que o ‘coração’ sempre toma as melhores decisões. Nem sempre racionalizar tudo resolve os problemas”, enfatiza. Apesar disso, se o coração não ajuda, é racionalizando que podemos, pelo menos, nos livrar do problema.
Veja as dicas do neurologista para esquecer um grande amor
Só lembre das coisas ruins. Nada da história de que defunto posto, só sobram as boas ações. Recorde-se de quando ele esqueceu o aniversário de namoro e de todas as mancadas que ele dava. Quanto mais forte forem os pensamentos negativos, mais fácil será superar o fim do relacionamento.
Mude o foco da sua atenção. Nada de pensar no cara o dia todo. Se possível, arranje um novo namorado logo para que ele seja sua nova prioridade. “Não vejo razão neurológica para afirmar que é melhor superar uma relação sozinho e não com outra pessoa. Esse é o caminho mais difícil, e por que escolhê-lo, então?”, pergunta Bechara. Não vá a lugares e se coloque em situações que lembrem o ex. Se ele não está na sua frente, para que trazê-lo sempre com você? Mantenha o cérebro ocupado. Comece um hobby, distraia-se com outras coisas e evite sempre pensar nele.
A distância, e não o tempo, é um dos melhores amigos para superar alguém. É muito mais difícil esquecer a pessoa se você a vê todos os dias, e todas as sensações e emoções voltam à tona com frequência. “Tenha sempre em mente que o amor é como o vício, você é sempre vulnerável”, diz o neurologista. Neste caso não existe ex, por isso, fique sempre longe do primeiro gole, ou da primeira troca de olhares
1. Não tente curar a falta de alguém com uma nova paixão
A velha máxima "um coração partido só se cura com outro amor" nem sempre funciona. Para a psicóloga Regiane Machado, o ideal é superar o término de um relacionamento sozinho, buscando refletir sobre o fim. "Ao desejar começar um novo relacionamento, é importante que o término tenha sido superado, para se entregar por inteiro". Para Marina Vasconcellos, psicóloga e terapeuta familiar e de casal, investir tempo em atividades variadas, com amigos e em cuidar de si é que contribui para a superação. "Se nesse processo de cura aparecer um outro amor, tudo acontece mais rápido, sem dúvida. Mas essa não é a condição para esquecer alguém". A psicóloga Angélica Amigo conta que pessoas que não sabem ficar sozinhas dificilmente preenchem o coração com outras coisas. "A única maneira que conhecem para ser felizes é se apoiar em alguém. E isso não é positivo, porque não se pode jogar nas costas do outro as responsabilidades que ser feliz implica. A relação fica pesada demais".
2. Não se transforme em "stalker"
Na opinião da psicóloga e terapeuta de casal Marina Vasconcellos, procurar notícias do "ex" através de amigos em comum ou ficar controlando seus passos nas redes sociais são formas de paralisar a própria vida. "Se acabou a relação, olhe para frente e invista no novo", diz.  É um padrão de comportamento muito comum romper um relacionamento e continuar a se sentir no controle dele. Se transformar em "stalker" seria uma maneira destrutiva de dar continuidade à relação. Ao bisbilhotar a rotina alheia, deixamos a própria vida em suspenso, de escanteio. "Aí nunca esquece mesmo, porque a pessoa age como se ainda tivesse algo com o outro", diz Angélica Amigo. 
3. Pare de alimentar a culpa pelo fim
A raiva e a frustração de ver os planos amorosos ruírem podem levar a uma visão distorcida dos acontecimentos. Não é raro assumir o papel de vítima –para chamar a atenção, para transformar o outro em vilão ou por puro comodismo. De acordo com a psicóloga Regiane Machado, é bom ter cuidado para não se culpar excessivamente nem assumir a responsabilidade plena pelo fim da relação, afinal, um relacionamento é construído por duas pessoas que têm defeitos e qualidades. O comportamento contrário também é prejudicial. Jogar a culpa no outro piora a situação. "Se a pessoa não toma ciência dos próprios problemas e da sua parcela de culpa e responsabilidade no término, não consegue se desvencilhar do passado", diz Angélica Amigo
4. Não se obrigue a ter novos interesses imediatos
"Você precisa se distrair", dizem mãe, pai, irmã, amigos e até o chefe. Porém, nem sempre procurar alternativas de lazer ou fazer uma transformação radical –mudar o guarda-roupa ou o corte de cabelo, por exemplo– são boas soluções, justamente porque têm caráter impulsivo. "Novos interesses são sempre bem-vindos, mas apenas se a pessoa estiver realmente a fim de investir sua energia em coisas novas. Todo final de relação amorosa inclui um pequeno período de luto, e isso tem de ser elaborado devagar", afirma a psicóloga Angélica Amigo. "Acredito que tudo o que acontece impulsivamente não dura. É preciso pensar sobre o assunto e avaliar o que realmente gosta, para depois ir beber de outras fontes”, diz. Segundo Marina Vasconcellos, isso não significa, porém, se isolar. "É preciso sair, sim, relacionar-se com outras pessoas e, principalmente, não deixar de se cuidar", afirma.
5. Passe um tempo sem rever a pessoa
Se não houver filhos, é bom cortar o contato com a pessoa, para que ela vá se tornando menos presente em sua vida. "Certamente, quanto maior for o afastamento, maiores as chances de se superar a perda. Deixar de ouvir a voz ou ver o 'ex' ou a 'ex' vai fazendo com que a presença ‘mental’ da pessoa também perca a intensidade”, diz a Marina Vasconcellos. Angélica Amigo afirma que muita gente coloca o controle no lugar do afeto. A pessoa nem está mais tão apaixonada, mas provoca encontros aparentemente casuais, busca notícias, julga novos companheiros. Ao fazer isso, a vida não evolui, e o relacionamento que não existe mais permanece pairando nos pensamentos.
6. Não alimente as lembranças
Pare de alimentar lembranças --em especial, as felizes. "Para superar uma perda, é fundamental não ficar curtindo a tristeza isolado, fechado em seu próprio mundo, lamentando-se ou lembrando das coisas que eram boas e foram perdidas", conta Marina Vasconcellos. "Isso tudo, é claro, sem deixar de lado a necessidade de se rever, de ficar só por um tempo para entrar em contato consigo e com seus desejos mais profundos". É importante refletir sobre o que não era bom na relação e pensar friamente sobre os motivos que conduziram o casal ao rompimento. O que verdadeiramente provocou a separação deve ser olhado e entendido --e servir de lição para relacionamentos futuros ou para ajudar a aceitar que o fim era mesmo a melhor alternativa.
7. Não finja sentir aquilo que não sente
Fazer de conta que não está se importando com o rumo que os acontecimentos tomaram, quando internamente se sente em pedaços, é uma atitude que não contribui em nada. Mesmo que as pessoas acreditem em você, na sua firmeza, por dentro, o sofrimento só aumenta. Colocá-lo para fora ajuda a esquecer, assim como desabafar com os mais próximos. "Isso tudo faz parte do processo do luto", diz a psicóloga Angélica Amigo. "Elabore primeiro a perda, reveja alguns conceitos sobre o que é estar com alguém e, a partir daí, você conseguirá se reinventar", declara.



COMO ESQUECER O EX-NAMORADO

1- Primeiro, mesmo que você esteja morrendo de dores por chorar, com a cara inchada, querendo desesperadamente por um beijo dele, finja que esta tudo bem e que você nem esta se importando com nada. Isto irá fazer com que ele não se sinta o rei da cocada preta. E fica mal, não irá realmente te ajudar em nada.
2- Você melhor que ninguém sabe os lugares onde o seu ex-namorado vai estar, portanto comece a evitar estes lugares. Vê-lo a todo hora, não é nada bom para você que quer esquecê-lo. Sugiro que vá buscar novas amizades, saia para lugares novos, vá fazer amigos, eles poderão te ajudar neste momento difícil.
3- Arrume tarefas para preencher o seu tempo. Isso mesmo, já ouviu aquele ditado “Mente vazia, oficina do Diabo”. Portanto vá fazer um esporte, vá ao supermercado, ajude a são mãe, vá ver uma amiga que não vê faz anos. O que não pode é deixar a sua mente parada.
4- Esteja aberta a novas paixões. Isso mesmo, só por que um não deu certo, não quer dizer que os outros também não irão dar. Sabe o cara que sempre te cantava, te chamava pra sair? Chame ele agora e vá curtir a sua vida.
5- Não ligue para o dito cujo, isso não irá te ajudar em nada. Única coisa que essa ligação irá fazer é você ter uma recaída, e isso não pode acontecer, pois o seu objetivo é esquecê-lo!
6- Sabe aqueles presentes que ele te deu? Aquele perfume que faz lembrá-lo? Então, pegue tudo isso e jogue na lata de lixo. Inclusive jogue a aliança de vocês também, esse passo é muito importante na missão para esquecê-lo.
7- Apague ele de suas redes sociais, Orkut, twitter, facebook e seja lá mais qual rede social você participa. Ficar vendo as atualizações que ele faz nessas redes, não lhe fará bem, portanto é melhor apagá-lo de seus contatos.
8- Mesmo que ele venha se explicar, querendo dar uma de gostosão pra cima de você, ignore-o. Mostre que você esta muito bem sem ele e que não precisa disso em sua vida. Isso com certeza irá deixá-lo muito confuso.

sábado, 6 de outubro de 2012

As covinhas

Na maioria das vezes, essa característica é herdada dos pais ou de antepassados. Do ponto de vista anatômico, as pessoas têm covinhas porque seu tecido fibroso adere entre a pele e o osso da mandíbula (no queixo) ou entre a pele e os músculos da face (no rosto). A pele é "repuxada", causando uma pequena retração. No queixo, ela fica o tempo todo exposta. Mas no rosto aparece ou é acentuada quando a pessoa sorri, porque o músculo da face se estende, puxando as camadas superiores da pele para dentro. Famosos como Cameron Diaz, Kirsten Dunst e Leonardo DiCaprio têm covinhas e, acredite, servem de inspiração para muita gente que procura clínicas de cirurgia plástica. "É um procedimento de alto risco, já que é muito difícil fazer as covinhas absolutamente simétricas dos dois lados da bochecha", diz o cirurgião plástico Miguel Sabino, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, as covinhas artificiais ficam no rosto o tempo todo. Assustador.
Que as “covinhas” são atraente e chamam a atenção de homens e mulheres, sabemos, mas as covinhas são pequenas depressões naturais da pele (bochecha/maçã do rosto) ou queixo.Nestas regiões o tecido fibroso adere entre a pele e o osso da mandíbula (no queixo) ou entre a pele e os músculos da face (no rosto).
A pele é “repuxada”, causando uma pequena retração que é mais acentuada quando as pessoas sorriem.
As pessoas que tem covinhas apresentam o músculo menor em comprimento do que o tamanho do músculo é normal nas pessoas que não têm covinhas. Isso é causado por causa de algumas falhas no desenvolvimento do tecido conjuntivo subcutâneo, mas de alguma forma, pode ser considerado um defeito congênito e mostra que as “malformações” nem sempre são ruins.
Ter covinhas, ou não ter, não é sorte. É a genética que determina se uma pessoa vai ou não ter covinhas. O gene responsável é dominante e isso significa que se um dos pais tem covinhas, então provavelmente os filhos terão.
Geralmente, os bebês têm essas cavidades, mas elas desaparecem gradualmente conforme a criança cresce isso é porque o músculo cresce com a idade e chega a seu tamanho normal.
É o seguinte: no rosto nós temos duas glândulas salivares, uma de cada lado, as parótidas. Ficam lateralmente, entre a mandíbula e a orelha. A párótida tem um ducto (ducto parotídeo ou conduto parotídeo) e passa dentro dos músculos da bochecha (princ o bucinador) para desembocar no interior da boca. A maioria das pessoas tem, no local onde o ducto adentra no músculo, uma 'bolinha de gordura' chamada Esfera Adiposa da Face. As pessoas que não têm essa esfera adiposa, apresentam covinhas quando abrem um sorriso
Ter a covinha na face é uma característica DOMINANTE (como você disse) e não ter é recessivo, ou seja precisa de dois genes para não se manifestar.

com covinha: D_
sem covinha: dd

Se você não possui covinhas, você é recessiva (dd), porém a criança tem covas (D_), então o pai dela deve ter covinhas também para doar o gene D.

É assim: (Você) dd x Dd (O pai)

Sindrome do coração partido



Há muito tempo o coração foi designado por muitas culturas como a sede dos sentimentos. Provavelmente, crença esta relacionada à antropologia judaica, para a qual o “coração” simboliza o interior do ser humano. Por extensão de sentido, a cultura judaica inferiu que nele residiam a sede dos sentimentos, dos pensamentos, dos desejos, dos projetos e das decisões humanas. Outra tentativa, por exemplo, de se localizar um ponto de origem para os sentimentos humanos foi concebida por Aristóteles que acreditava ser a hipófise o receptáculo da alma.

Não obstante o cepticismo de muitos médicos, com o avanço da ciência e com os diversos recursos tecnológicos do século XXI, há um conjunto de evidências que apontam uma correlação significativa entre fatores como depressão, estresse, isolamento social, má qualidade de vida com o prognóstico e o desenvolvimento de doença arterial coronariana (Bunker et al, 2003; Loures, Sant''Anna, Baldotto, Sousa, & Nóbrega, 2002). Mas, qual é a extensão dos danos que, por exemplo, o estresse provocado por uma notícia indesejada como o rompimento inesperado de um namoro, noivado ou matrimônio pode causar para uma pessoa? Considerando, como nos aponta Almeida (2007) que o amor é um tema extremamente presente em nossas vidas e que a temática dos relacionamentos amorosos é uma de suas áreas mais importantes, o fim de um romance pode fazer sim o coração sofrer e debilitá-lo de tal forma, que pode ser confundida com um ataque cardíaco. E não há nada de poético nisso. Trata-se da Síndrome do Coração Partido, que difere de um ataque cardíaco porque nela os pacientes se recuperaram plenamente e, não sofrem danos duradouros no músculo cardíaco.

A Síndrome do Coração Partido é uma metáfora exagerada e bastante utilizada para ilustrar a sensação de uma decepção amorosa real, comum aos relacionamentos interpessoais amorosos infelizes. Inicialmente foi descrita em orientais, no início dos anos 90, como uma nova síndrome cardíaca, caracterizada por uma disfunção ventricular esquerda transitória, tipicamente com aspecto de armadilha para pegar polvo (em japonês, Tako-tsubo) porque suas imagens, quando realizado o cateterismo cardíaco, assemelham-se às armadilhas usadas pelos pescadores locais para apanhar polvos (Satoh, Tateishi & Uchida, 1990). Desde então, na literatura científica, aparece associada a situações de estresse físico ou emocional, na qual, eventos estressantes precedem e parecem desencadear o início de infarto agudo do miocárdio (Bunker et al, 2003; Dote et al., 1991; Kurisu et al. 2002; Mesquita & Nóbrega, 2005; Strike & Steptoe, 2005).

Contudo, este quadro não se restringe simplesmente aos relacionamentos amorosos que deixam nefastas conseqüências. Perder alguém depois de anos de doença e de internação hospitalar, abusos domésticos, diagnósticos médicos catastróficos, perdas financeiras vultosas, situações de extrema angústia, perda de parentes ou amigos queridos em acidentes, ser assaltado a mão armada, discussões acaloradas e até mesmo o choque de uma festa surpresa, são também, possíveis desencadeadores para a Síndrome do Coração Partido, donde se percebe que o denominador comum é o súbito estresse provocado por uma perda juntamente com a incapacidade de elaborar o luto para seus acometidos (Mesquita & Nóbrega, 2005; Wittstein et al, 2005). Sabe-se que em uma situação de estresse, o organismo humano redistribui suas fontes de energia, antecipando-se para uma agressão iminente. Se realmente houver um perigo iminente esse mecanismo adaptativo este mecanismo está bem ajustado às condições do ambiente. Entretanto, se esse estado persistir por muito tempo, pode causar severos danos para o organismo, sobremaneira, para o músculo cardíaco, dado que o sistema cardiovascular possui ampla participação na adaptação ao estresse e sofre acentuadamente, por isso, as conseqüências de sua exacerbação.
                      Os sintomas desta doença simulam um infarto agudo do miocárdio com dor anginosa no peito, menos intensa que o habitual, com alterações no eletrocardiograma e nas enzimas cardíacas, e com elevação discreta de marcadores de necrose miocárdica, contudo, retornando ao normal em até 30 dias. Esta doença atinge principalmente mulheres com idades acima de 65 anos, e raramente abaixo dos 50, com histórico de forte estresse físico ou emocional ou que tenham se submetido a uma cirurgia, não cardíaca. Embora até agora tenha se identificado apenas um caso isolado desta patologia, em outras faixas etárias, no caso uma paciente de 38 anos, os médicos e pesquisadores estão sempre alerta para outros possíveis aparecimentos da mesma (Diamant et al, 2006). Os índices revelam que 80% dos casos confirmados ocorrem em mulheres. Logo, é possível haver uma base genética dado que as mulheres são mais vulneráveis a este tipo de problema.

Há controvérsias quanto às causas para a mesma, contudo, várias teorias indicam que a liberação de hormônios adrenalina e noradrenalina nos casos de estresse, que agem sobre a inervação da ponta do coração, impediriam a sua contração. Embora existam estes pontos de vista divergentes a respeito das causas, há consenso que, após a fase aguda, a recuperação do músculo cardíaco é espontânea e total, e não deixa seqüelas, e são raras as recidivas. Níveis elevados de catecolaminas séricas têm sido encontrados em pacientes com a Miocardiopatia de Tako-tsubo, sugerindo que uma estimulação simpática exagerada em resposta ao estresse fundamente a síndrome (Wittstein et al, 2005). Concomitantemente, a hiperativação simpática, em resposta ao estresse emocional, aumenta os níveis circulantes dos neurotransmissores epinefrina e norepinefrina e, além de aumentar a freqüência cardíaca e o inotropismo, isto é, a capacidade de influenciar a força de contração muscular, neste caso, cardíaca, o que pode acarretar em espasmo coronariano pela interação com receptores alfa-adrenérgicos (Becker et al 1996).

Atualmente, não há nenhuma forma adequada para o tratamento desta patologia, embora se recomende tratamento, ainda que de curto prazo para debelar os sintomas e as causas. O que há disponível em relação à parte médica são tratamentos que dão suporte ao coração por meio de medicamentos que reduzem o trabalho do mesmo. Algo muito importante na área médica é o acesso à informação. É muito importante distinguir a Síndrome do Coração Partido de um ataque cardíaco para que as pessoas vitimizadas possam ser tratadas adequadamente e saibam que seus corações estão saudáveis, em vez de serem informadas de que padecem de uma doença coronária, e assim, tomarem remédios para o coração para o resto das vidas.

Na área psicológica pode-se pensar em encaminhar as pessoas acometidas por este mal, ou ainda, com margem de risco de desenvolverem tal quadro característico para a psicoterapia. Psicólogos podem ajudar as pessoas de uma forma melhor a manejarem seus estresses cotidianos, bem como a elaborarem possíveis fases de luto, nas diversas formas em que eles se apresentem para as pessoas, e isso reduz os riscos, ou ainda, catalisa a convalescença dos atingidos. Contudo, para não reduzirmos tudo a um mero “psicologismo”, primeiramente as pessoas que sentem que estão em perigo, ou já foram atingidas por tal patologia, devem se encaminhar primeiramente para um cardiologista com vistas a esclarecer a causa desse sintoma. Uma vez excluída a causa orgânica, ou seja, diagnosticado que o coração não tem problema, então se pode procurar um psicólogo a fim de tratar do problema. Embora, conjugar as duas formas de tratamento aos que possam se submeter a ele é ainda mais benéfico.

Para concluir, reitero e atualizo o que disse Camões, (não somente ele, mas em grande parte), sobre o amor poder ser a causa das feridas que doem e são sentidas pelas pessoas, e, portanto, pode ser sim um descontentamento descontente. 

SINDROME DA ORELHA VERMELHA



As orelhas "ficam quentes", ou melhor, vermelhas, porque têm uma grande rede circulatória e uma pele bem fina, o que deixa mais visível o sangue que passa por lá. Por isso, basta a pessoa ter uma vasodilatação - o aumento da espessura dos vasos sanguíneos - para a coisa "esquentar". Às vezes o processo de vasodilatação é só local, como quando a orelha precisa de mais nutrientes e oxigênio do sangue ao ser pressionada pelo telefone por muito tempo. Mas a vasodilatação também pode ser no corpo todo. Ela é, por exemplo, uma resposta do organismo a situações de nervosismo. Mas esse gás na circulação só é visível em alguns pontos do corpo. Aí, já viu: se a pessoa fica nervosa, sobra para as orelhas. Outra curiosidade é que as famosas pílulas para problemas de ereção também aumentam a vasodilatação. O sujeito com o bilau baleado agradece, mas fica com orelhas vermelhas como "efeito colateral".. O processo está ligado ao sistema nervoso do ser humano, surgindo na hora em que a pessoa se sente momentaneamente pressionada, preocupada, angustiada, ou seja, é um processo ligado ao corpo de cada um. A vasodilatação deixa eventualmente a orelha vermelha o que pode ocasionar uma desagradável sensação de queimação, as causas podem ser psicológicas como também fisiológicas.

Mesmo quando a pessoa sente uma sensação desagradável de queimação na orelha, a parede dos vasos sanguíneos é dinâmica e pode se dilatar, voltando ao tamanho natural por causa do mecanismo de controle, após alguns segundos ou minutos tudo volta ao normal, assim não há possibilidade de algum vaso sanguíneo estourar e não causa danos à saúde

Cara vermelha é quando alguém sente vergonha de existir e estar vendo ou ouvindo algo que a faz evidente no mundo devido a cara avermelhada. A cara vermelha pode ser melhor vista quando a pessoa é a partir do tom mulato claro, tipo doce de leite.Em alguns casos, a dor acompanha a vermelhidão, com alguns pacientes que relatam que as orelhas também se tornaram sensíveis ao toque. Uma série de gatilhos que levam a um surto de síndrome de orelha vermelha foram identificados. Infelizmente, não há um claro solitária de tratamento que pode corrigir o problema.

O síndrome da orelha vermelha é uma condição em que um ou ambos os ouvidos tornam-se extremamente vermelho e quente ao toque, com a aparência da vermelhidão, ocorrendo dentro de segundos.


          A maioria dos casos de Síndrome da Orelha Vermelha tem a ver com algum tipo de movimento da cabeça. As pessoas têm surtos experientes enquanto mastigar os alimentos, beber, tossir, espirrar, ou simplesmente movimentar o pescoço rapidamente em uma única direção. Há casos em que doentes que sofrem de um surto de vermelhidão e desconforto, depois de tocar o lóbulo da orelha .Outras condições físicas às vezes pode desencadear um episódio de síndrome de orelha vermelha. Por exemplo, pacientes com enxaqueca pode achar que as orelhas ficam vermelhas e são um pouco sensíveis ao toque durante o curso da dor de cabeça. Várias formas de disfunção da articulação também parecem desencadear a reação em algumas pessoas. Existe alguma evidência de que, mesmo durante períodos prolongados de stress ou ansiedade pode levar ao desenvolvimento deste problema de saúde.
É importante notar que a síndrome de orelha vermelha é muito diferente da corrida de sangue no rosto e orelhas, que ocorre quando um indivíduo está envergonhado. Na maioria destes casos, o vermelhidão esbate uma vez o episódio de constrangimento seja resolvido. Em contraste, vermelho síndrome de ouvido podem se prolongar por algum tempo antes da descoloração e ternura começam a diminuir.
Quando se trata de tratamento Síndrome da Orelha Vermelha, uma abordagem comum é identificar o caso subjacente e tentar resolver esse problema. Por exemplo, se as orelhas tornar-se subitamente vermelho, devido a uma dor de cabeça enxaqueca , tomar a medicação para trazer a dor de cabeça sob controlo, muitas vezes, também causar a descoloração a orelha  desaparecer. Se algum tipo de problema comum é a causa subjacente, tomando medidas para corrigir o problema conjunta vai minimizar a freqüência e a gravidade dos surtos da síndrome.
Para muitos pacientes que experimentam episódios de síndrome de orelha vermelha a partir de ações simples, como mastigar ou beber, o foco não é, muitas vezes em tratar a condição, mas aprender a administrá-lo, tanto quanto possível. Alguns doentes a lidar com as orelhas vermelhas por usar o cabelo comprido o suficiente para cobrir a maioria das orelhas. Outros podem optar por tentar usar maquiagem para esconder a vermelhidão, ou desenvolver o hábito de usar capacete que esconde parcialmente as orelhas. Outros simplesmente aceitar a condição e tentar evitar que o surto repentino de perturbar a sua rotina diária, ou levando-os a restringir atividades sociais.

A ciência do amor

Morrer de amores é uma coisa totalmente emocional, né? Pelo contrário: é totalmente “racional”.
Apaixonar-se pode causar estragos em seu corpo. O coração acelera, a barriga embrulha, você entra numa montanha russa emocional, sentindo-se delirantemente feliz em um minuto, e ansioso e desesperado no próximo.
E esses sentimentos românticos intensos não vêm do coração; vêm do cérebro.
Em um pequeno estudo, pesquisadores analisaram imagens de ressonância magnética do cérebro de 10 mulheres e 7 homens que afirmaram estar profundamente apaixonados.
O comprimento das suas relações variava de um mês a menos de dois anos. Os participantes viram fotos de seus amados, e fotos de uma pessoa com aparência semelhante.
Os cérebros dos participantes reagiram às fotos de seus amores produzindo respostas emocionais nas mesmas partes do cérebro normalmente envolvidas com a motivação e recompensa. Ou seja, esse tipo de amor usa o mesmo sistema no cérebro ativado quando uma pessoa é viciada em drogas.
Em outras palavras, você começa a desejar a pessoa por quem está apaixonado como desejaria uma droga.
Especialistas dizem que o amor romântico é uma das emoções mais poderosas que uma pessoa pode ter.
Nossos cérebros sabem que temos que escolher um parceiro. Eles se tornam motivados para conquistar o companheiro ou companheira, às vezes indo a extremos para obter a sua atenção e carinho.
A parte de recompensa do cérebro, também chamada de centro do prazer, é uma parte essencial do cérebro para sobreviver nessa situação, pois nos ajuda a reconhecer quando algo é bom. E o esforço para se sentir bem em torno de seu companheiro pode ser ainda mais poderoso do que o desejo por sexo.
Mas quando conquistamos nosso amor, esse sentimento de desejo/vício desaparece? Não completamente.
Em outro estudo, cientistas analisaram exames de ressonância magnética de 10 mulheres e 7 homens que estavam casados há uma média de 21 anos e afirmavam ainda estar intensamente apaixonados por seus parceiros.
Os pesquisadores descobriram que em cada um desses amantes de longo prazo, as regiões cerebrais também foram ativadas quando eles olharam para fotos de seus parceiros. “Amor a longo prazo” ativava regiões do cérebro ligadas ao apego e gostar de uma recompensa.
Às vezes, conquistar uma pessoa não desfaz, mas aumenta a ligação entre as pessoas, que permite que os parceiros fiquem juntos por tempo suficiente para ter e criar filhos.
Mas estudos do cérebro sugerem que o amor muda ao longo do tempo. As pessoas se acostumam com o relacionamento, perdendo o medo do parceiro as deixar, então não se focam tanto no desejo
Uma pesquisa recente descobriu que se apaixonar não envolve só o coração, mas também o cérebro.
Quando pesquisadores revisaram estudos sobre cérebro e amor, descobriram que 12 áreas do cérebro parecem trabalhar juntas somente quando você olha para o seu amado.
Segundo pesquisadores, os resultados obtidos confirmam que o amor tem uma base científica. A equipe descobriu que quando uma pessoa se apaixona, áreas diferentes do cérebro liberam substâncias químicas indutoras de euforia, como dopamina, ocitocina (chamada de hormônio do amor), adrenalina e vasopressina (estudos com animais revelam que essa substância causa comportamento agressivo e territorial).
Outros estudos sugeriram que os níveis sanguíneos de fator de crescimento neural (FCN), uma proteína que desempenha um papel na sobrevivência e manutenção das células do cérebro, também aumentam. Esses níveis são significativamente maiores em casais que acabaram de se apaixonar. A molécula também desempenha um papel importante na química social entre os seres humanos, como o fenômeno do amor à primeira vista.

1- Amor comprometido: Um dos mais conhecidos. Nesta relação, a junção de dois elementos centrais: o carinho e o respeito.
2- Amor doentio: Permeado por ciúmes. Em alguns casos, a violência exercida, seja através de palavras ou de agressões.
3- Amor egoísta: Insensato por definição. Fruto, sobretudo, da arrogância e soberba.
4- Amor imediatista: Aquele que não respeita tempo ou espaço. Simplesmente acontece, revelando apenas, o desejo do casal.

5- Amor romântico: Marcado pela devoção. Motivado, pois, pela sensibilidade e pelo amparo mutuo.
6- Amor platônico: Idealizado, mas sem foco definido. Exercido, todavia, nos primeiros anos da escola.
Mas os amores não são todos iguais. Segundo os pesquisadores, diferentes partes do cérebro são ativadas para diferentes tipos de amor. Por exemplo, em um estudo sobre o amor “romântico”, os participantes mostraram atividade cerebral no chamado sistema dopaminérgico subcortical, ativo em pessoas sob o efeito de euforia.
Esse tipo de amor também parece ativar regiões do cérebro associadas com comportamentos emocionais, tais como excitação sexual. Esta conclusão apóia pesquisas anteriores que mostram que a satisfação sexual de um casal e seus sentimentos de amor estão ligados.
Outra área do cérebro envolvida com esse tipo de amor é a da imagem do corpo, ou como uma pessoa entende e imagina alguém. Os pesquisadores dizem que uma melhor imagem corporal pode levar a um melhor relacionamento.
O amor materno já é diferente. A atividade foi maior em uma região profunda no meio do cérebro chamada substância cinzenta periaquedutal (SCP), que contém receptores para o vínculo entre mãe e filho.
Outro estudo, sobre amor incondicional, pediu que os participantes olhassem fotos de crianças e adultos com deficiência intelectual. Em seguida, pediu que eles olhassem novamente para as mesmas imagens, mas desta vez gerassem sentimentos de amor incondicional. Os resultados mostraram atividade cerebral significativa em alguns dos sistemas de recompensa do cérebro (também ligados ao amor entre mãe e filho), juntamente com a região SCP ligada ao amor materno. Os pesquisadores afirmam que o amor materno e o incondicional devem ser ligados a processos similares no cérebro.
Como os pesquisadores provaram que regiões de ordem superior de pensamento do cérebro estão implicadas nesse sentimento, o amor pode ser considerado mais que uma emoção básica, pois também envolve a cognição.
A análise realizada até agora será seguida por um estudo. Assim que for liberado, os pesquisadores tentarão provar que se apaixonar leva apenas cerca de um quinto de segundo.


Ciência e amor

Mas como o cérebro percebe e modifica sua química e seu funcionamento durante a ligação entre duas pessoas? O que acontece desde o primeiro encontro, a percepção de se estar apaixonado e a chegada do amor?

Em se tratando de amor, a neurociência ainda está engatinhando nos estudos. Uma matéria bem didática da Jeanne Callegari, publicada em Maio/2010 pela Superinteressante descreve muito bem estes estágios:

1º) Vivenciando a aproximação Olhares que se encontram, corpos que se comunicam, coisa de pele. Sim isso realmente existe, o corpo percebe essa avalanche química através do cheiro. Aí, nos conectamos com pessoas com identidade imunológica complementar a nossa.

2º) Do primeiro encontro a paixão A partir deste momento, depois da atração irresistível inicial, a química cerebral produz uma turbulência de impulsos.
1. Começa com atração sexual, com aumento da testosterona em ambos os sexos, inclusive nas mulheres
2. Depois vem a paixão avassaladora, um não vive sem o outro, o dia não começa enquanto você não me telefonar, e ai o cérebro esta repleto de dopamina.
3. Depois vem a ligação afetiva mais sólida o companheirismo, manifestado nas mulheres pela ocitocina e nos homens pela vasopressina.

3º) Bem vindos ao Amor Aqui é tudo bem mais complexo, "Enquanto crescemos, vamos criando um conceito da pessoa por quem iremos nos apaixonar", explica Semir Zeki, neurologista da University College London e autor de estudos sobre o cérebro das pessoas apaixonadas.  
As dificuldades começam logo na definição de amor. «Todos temos uma ideia do que é, mas é difícil encontrar duas pessoas como a mesma definição», diz Nuno Amado, psicólogo e investigador na área da psicologia do amor.
Donatella Marazziti, psiquiatra e especialista em biologia das relações afetivas, caracteriza o amor como «um sistema biopsicossocial, um processo que tem uma componente biológica, psicológica e social», afirma.
«O que quer dizer que é semelhante a um organismo vivo. Muda com o tempo. Inicia-se num determinado momento, torna-se mais relevante porque passa da fase enamoramento para o amor, que pode durar para toda a vida se nos empenharmos muito», refere. «É necessário haver intimidade, paixão e compromisso, como dizem alguns autores, e eu acrescentaria também o fascínio, ou seja, poder hipnótico que os membros do casal exercem um sobre o outro», explica Nuno Amado, psicólogo.

Paixão inicial

Na maior parte dos casos, a paixão é o primeiro passo para o amor. Quem não sentiu já o acelerar do batimento cardíaco, um suor súbito, as mãos a tremer e uma energia que parece não querer diminuir na altura em que vê ou pensa no tal. Estas reações físicas são sinónimo de paixão, no entanto, o cérebro também denuncia este sentimento.
«É este que nos diz se estamos apaixonados e diferencia essa tempestade de sentimentos de reações de medo, que podem ter características semelhantes», explica a psiquiatra e investigadora da Università di Pisa. No livro «Diz-me a verdade sobre o amor» (Academia do Livro), Nuno Amado refere que as análises feitas a pessoas apaixonadas mostram que as áreas cerebrais que se «acendem» são as mesmas que são associadas à recompensa e ao prazer (núcleo caudal e área ventral tegmental).

Papel dos neurotransmissores

Acende-se uma espécie de circuito no cérebro com a ajuda dos neurotransmissores. «Temos verificado que quando estamos enamorados temos um alto nível de serotonina, um neurotransmissor que dirige o nosso pensamento para uma só pessoa; de dopamina que nos torna mais curiosos, predispostos a encontrar uma pessoa e nos faz sentir nas nuvens; e de adrenalina, que provavelmente está na base desta índole de agitação comum na fase de enamoramento», descreve Donatella Marazziti.
Fase esta que consome muita energia e, como tal, não pode prolongar-se para sempre. «Dura entre seis meses e três anos, tempo mínimo para que um casal se forme e tenha um filho», refere a psiquiatra. «Mais do que isso seria complicado, pois estar apaixonado tem um efeito semelhante à toma de anfetaminas, ou seja, tem efeitos negativos no nosso organismo a longo prazo», acrescenta o psicólogo. «Verificámos que nesta fase da paixão e da atração, há um aumento da hormona do stress, o cortisol, no nosso organismo», confirma Donatella Marazziti.

Afeto e calma

Com o evoluir da relação, essa agitação inicial dá lugar à calma e à segurança, isto é, ao amor e ao afeto. «Para que um casal se forme é preciso disponibilidade mental para o fazer, logo a pessoa não pode estar sempre a pensar na outra como acontece na paixão», esclarece Nuno Amado.
«O cérebro volta às condições precedentes de estabilidade e, aqui, a libertação de oxitocina (hormona que é libertada durante as relações sexuais, durante o parto e a amamentação) tem uma palavra a dizer. Serve como uma espécie de cola entre os parceiros e talvez seja a base da alegria profunda que as relações de longa duração proporcionam», salienta a psiquiatra.
Mas o efeito benéfico da oxitocina vai mais além. «Vários estudos indicam que uma relação afetiva feliz e duradoura consegue reduzir o risco de doenças cardiovasculares e depressões e a oxitocina pode estar a associada a isso, já que promove o bom funcionamento do sistema imunitário»