Existem três estágios da memória: codificação, armazenagem e recuperação. Esses três estágios, respectivamente, têm funções de colocar a informação recebida na memória, mantê-la e recupera-la. Em relação a este processo, pode haver falha em qualquer desses três estágios durante o envelhecimento.
Grande parte das pesquisas atuais sobre memória procura especificar as operações mentais que ocorrem em cada um dos três estágios citados e explicar como essas operações podem apresentar problemas e resultar em dificuldades na vida ocupacional do idoso.
Devemos ressaltar que existem diferentes tipos de memórias, serão abordados primeiramente os diferentes sistemas e seus conteúdos:
Memória Sensorial: Corresponde ao armazenamento de informações de todo tipo que chegam até os nossos sentidos. Podem ser estímulos visuais, auditivos, tácteis, olfativos, gustativos e proprioceptivos. Uma vez processadas, as informações são transferidas para memória de curto prazo. O traço de memória sensorial permanecerá no sistema se receber atenção e interpretação.
Memória Sensorial: Corresponde ao armazenamento de informações de todo tipo que chegam até os nossos sentidos. Podem ser estímulos visuais, auditivos, tácteis, olfativos, gustativos e proprioceptivos. Uma vez processadas, as informações são transferidas para memória de curto prazo. O traço de memória sensorial permanecerá no sistema se receber atenção e interpretação.
Memória de curta duração: Memória de curta duração ou curto prazo (MCP) é dividida em primária e operacional, sendo também chamada de memória de trabalho. Ambas armazenam informações em curtíssimos períodos de tempo. A memória de curta duração estende-se desde os primeiros segundos ou minutos após o aprendizado de 3 a 6 horas, tempo que a memória de longa duração leva para ser consolidada, ou seja construída.
Memória Operacional: Refere-se ao armazenamento temporário da informação necessária para o desempenho de diversas tarefas cognitivas, entre cálculo, leitura, conversação e planejamento. A memória operacional é responsável pela manipulação da informação, o que ocorre por exemplo: em situações em que se solicita que dígitos sejam subtraídos mentalmente de um valor determinado e que palavras sejam colocadas mentalmente em ordem alfabética. Déficits na memória de trabalho caracterizam-se pela dificuldade de realizar tarefas simultâneas e consequentemente, as informações não são decodificadas, armazenadas e processadas de forma eficaz. Estudos mostram idosos que apresentam dificuldade em memorizar uma seqüência de dígitos e dize-la em ordem inversa, o que exige armazenamento e processamento simultâneos. O desempenho de pessoas idosas nessa tarefa é inferior ao de pessoas mais jovens. As perdas sensoriais podem estar relacionadas aos declínios na memória de trabalho. Quando são trabalhadas e estimuladas há melhora significativa no processamento de informações.
Memória de longa duração: É responsável pelo armazenamento da informação por um período longo de tempo (horas ou semanas).
Ela é dividida em dois subsistemas: memória declarativa ou explicita e memória não declarativa ou implícita.
Memória Declarativa retém informações que o individuo processa conscientemente. Divide-se em memória episódica e memória semântica.
Memória Episódica: A memória episódica é relativa a lembrança de coisas e eventos associados a um tempo ou lugar em particular. Refere-se à informação com contexto espacial e temporal específico, exemplo: A lembrança dos episódios ocorridos durante uma festa na infância ou do conteúdo de uma determinada conversa. A memória episódica tende a ser afetada com o avanço da idade, e está relacionada à dificuldade de atuar no ambiente mais do que no aprendizado. Porém idosos que vivem em contextos com bastantes recursos ambientais podem manter preservadas suas capacidades de evocar conteúdos memorizados ou compensar déficits em seus desempenhos na memória episódica.
Memória Semântica: É responsável por nossos conhecimentos acerca do mundo, por produtos verbais, como nomes dos lugares, descrições de acontecimentos sobre o mundo, vocabulários e normas sintáticas. Sua função é lembrar o passado, mas também planejar o futuro.
Memória Prospectiva: É considerada uma outra forma de memória de longa duração, pois envolve reter informações por longo período de tempo. Ela compreende a capacidade de uma intenção, uma lembrança para agir, de administrar as contas, tomar remédios, telefonar para alguém em determinado horário e executar as AVDs.
Esta memória depende da independência da pessoa e da orientação temporal. Estudos mostram que os idosos apresentam dificuldades na memória prospectiva quando a ação prospectiva é indicada pelo tempo. A falta de atenção também é apontada como causa das alterações neste tipo de memória na idade avançada. Além de poder ser influenciada por fatores como ansiedade, estresse e declínio cognitivo. Os déficits de memória prospectiva podem ser atribuídos à falta de estímulos e a recursos do ambiente.