Síndrome do espelho
Olá olha eu por aqui novamente rsrs,hoje em nosso post vou falar de algo que provavelmente afinge a maioria das mulheres tanto brasileiras como as estrangeiras .Trata-se de uma preocupação excessiva com seu próprio corpo,rosto etc dando o nome de BDD,(body
dysmorphic disorder),traduzindo isso para o português fica Síndrome
de despersonalização-desrealização.Ocorre quando uma pessoa se olha no espelho e se vê totalmente diferente,começa a enxergar rugas no rosto,se acha gorda,com o rosto desfigurado,se julgando incapaz de atrair alguém.Isso ocorre muitas vezes quando essas mesmas pessoas se encontram,depressivas e ou ate mesmo angustiadas .A BDD, também conhecida como a "Síndrome do espelho",já cercou principalmente as mulheres,mesmo que por uma fração de segundos,já que as mulheres estão sempre preocupadas em não querer engordar, não ter uma só espinha no rosto,ou ate mesmo as rugas.As portadoras desta síndrome procuram muito médicos para tal cirurgia plastica,quando na verdade não nada de errado com sua aparência e sim com seu psicológico,cerca de 15% a 17% das pacientes apresentam problemas psíquicos e não estéticos.A maioria desta despersonalização assim também chamada,da se a apresentação de algumas doenças tais como a bipolaridade,depressão, esquizofrenia ,stress pós traumático,e ataques de panico , também não devemos esquecer que algumas drogas também estão associadas como o esctasy e a cannabis mas
há outras causas: esta pode desenvolver-se devido a uma exposição prolongada a
stress, mudanças repentinas no contexto pessoal, laboral ou social, entre
outros factores. A despersonalização encontra-se intimamente relacionada com a
ansiedade. Enquanto desordem isolada, é desencadeada pela vivência de uma
situação traumática, como maus tratos (de natureza física ou psicológica),
acidentes, desastres. Esta pode ainda despoletar-se no indivíduo se este
atravessar um conflito interno insuportável: a mente passa por um processo
inconsciente de dissociação - separa (dissocia) conhecimento, informações ou
sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento (realidade)
consciente.Agora vamos observar os sintomas da "SÍNDROME DO ESPELHO"De
acordo com a última edição da DSM-IV, a
despersonalização surge como uma desordem dissociativa: As características
essenciais do Transtorno de Despersonalização consistem de episódios
persistentes ou recorrentes de despersonalização, caracterizados por um
sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio (Critério A). O
indivíduo pode sentir-se como um autômato ou como se estivesse em um sonho ou
em um filme. Pode haver uma
sensação de ser um observador externo dos próprios processos mentais, do
próprio corpo ou de partes do próprio corpo. Vários tipos de anestesia
sensorial, falta de resposta afetiva e uma sensação de não ter o controle das
próprias ações, incluindo a fala, frequentemente estão presentes. O indivíduo com
Transtorno de Despersonalização mantém um teste de realidade intacto (por ex.,
consciência de que isto é apenas uma sensação e de não ser realmente um
autômato) (Critério B). A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se
fazer este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para
causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento (Critério C). Uma vez
que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos
outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de
Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o
curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico,
Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo). Além disso, a
perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou
de uma condição médica geral (Critério D).
Uma característica importante da despersonalização é que a pessoa tem
total noção de que os seus sintomas não são normais e de que algo está errado
consigo. O indivíduo pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma
dos objetos (macropsia ou micropsia), pode
apresentar fotossensibilidade (sentir-se ofuscado e incomodado por luz) e as pessoas podem parecer
estranhas ou mecânicas. Outras características associadas incluem sintomas de
ansiedade, sintomas depressivos e uma perturbação do sentido de tempo. A pessoa
sente-se desapegada dos seus amigos e familiares, começa a sentir o mundo de
uma forma diferente e irreal, bem como um grande vazio no seu íntimo, como se a
sua personalidade se lhe tivesse sido "roubada" (daí o nome de
despersonalização, da ruptura da personalidade), o que a leva a isolar-se. Num
período inicial, desorganizado da doença, instauram-se, por vezes, sintomas depressivos perante a grande mudança que
se operou na forma da pessoa percepcionar o mundo, os outros e a si própria. Em
conjunto com sintomas depressivos, muitas vezes, o paciente fica obcecado em
busca de uma causa para todos estes sintomas. Muitas vezes, são os pacientes
que realizam o seu próprio diagnóstico. Isto é natural visto o pouco conhecimento que os clínicos têm sobre esta patologia, bem como a dificuldade que os indivíduos possuem em
explicar os seus sintomas. A forma como uma pessoa percepciona e sente a
realidade, o seu "eu" e a relação com os
outros é algo tão subtil e vago que, por vezes, apenas metáforas e analogias
podem explicar estes sintomas.Fisiopatologia da DespersonalizaçãoAlguns
estudos têm apontado para uma hiperactivação da região interna do córtex pré-frontal e de
uma hipoactivação do sistema límbico,
nomeadamente das amígdalas. Enquanto que a
primeira estrutura é responsável pelo controlo das emoções, inibindo a segunda,
quando activada, o sistema límbico é fundamental para as emoções e na
coordenação destas com as percepções. Quando o quadro descrito se observa,
verifica-se uma inibição emocional que leva aos estados de apatia sentidos
pelos pacientes. De facto, o sentimento de irrealidade pode ser explicado pela
falta de cor emocional que as percepções dos pacientes revelam. Deste modo,
recebem-se impulsos de natureza visual, auditiva, entre outros, mas, no seu
processamento, não se activa o sistema límbico, fundamental para lhes conferir
significância afectiva. Deste modo, tudo surge igual e sem emoções interligadas
para os despersonalizados. Pode-se, então explicar o seu distanciamento à
realidade, visto que não lhe providencia sentimentos. De certa forma, é a
ausência de emoções que altera as percepções físicas.
Os
pacientes conseguem indicar a significância ou a emoção que normalmente teriam
em relação a certa pessoa ou a certo objecto, contudo não conseguem senti-los,
devido à inibição observada. Esta discordância entre o que se espera sentir e o
que se sente provoca grande sofrimento nas pessoas despersonalizadas. Ao
contrário de outras patologias, as pessoas têm plena noção do que deveriam
sentir e do que não sentem.Factores agravantes e factores atenuantes Consumo
de drogas (se estas podem despoletar esta patologia, parece óbvio que o seu
consumo poderá agravá-la);
Cafeína -
Ao aumentar a ansiedade, agrava os sintomas dissociativos.
Nicotina Multidões
e locais com muitos estímulos, por exemplo a rua (parece que numa pessoa com
despersonalização, os seus sintomas se agravam quando tem de processar muitos
estímulos, o que não significa que deva evitar contactos sociais, pelo
contrário.)
Insônias;
Dormir
demais (parece que os ciclos de sono estão bastante relacionados com a síndrome
de despersonalização. Poderá parecer paradoxal, mas existe uma menor sensação
de despersonalização durante o sono, talvez devido a um adormecimento do córtex
pré-frontal);
Lembrar-se
de sua condição de despersonalizado;
Demasiada
introspecção;
Isolamento;
Situações
de Stress.
Atenuantes Exercício
físico (o intenso parece agravar os sintomas);
Dor/estimulação
física - beliscar-se, etc - (não incluir automutilação que pode aliviar
inicialmentepara logo depois agravar severamente o estado despersonalizado);
Relações
sociais;
Olhar-se
no espelho (convence a pessoa de que ela existe).
Lavar
o rosto (sentir a água pode ajudar a você se convencer de que está mesmo lá).
O próprio sexo, o contato
com outra pessoa (corpo a corpo), ajuda no esquecimento da despersonalização.Terapêutica Não existe qualquer terapia que se tenha revelado significativa no tratamento da despersonalização, mostrando-se uma desordem bastante resistente a tratamentos. Muitos clínicos parecem apostar na utilização de SSRI ou na psicoterapia, sendo que os maiores resultados se têm obtido com a última opção. Contudo, as respostas aos tratamentos parecem variar bastante de paciente para paciente.A sensação de despersonalização desaparece, frequentemente, com o tratamento. Este só se justifica se a situação persistir, reaparecer ou causar sofrimento. Demonstraram-se eficazes a psicoterapia psicodinâmica, a terapia comportamental e a hipnose, mas não existe um tipo único de tratamento que seja eficaz para todas as pessoas com uma perturbação de despersonalização. Os tranquilizantes e os antidepressivos podem ajudar algumas pessoas. A despersonalização associa-se, frequentemente, a outras perturbações mentais que necessitarão de ser tratadas ou é desencadeada por elas. Deve ter-se em conta qualquer tipo de stress relacionado com o início (instalação) da perturbação de despersonalização. De um modo geral, consegue-se algum grau de alívio. A recuperação completa é possível para muitas pessoas, especialmente para aquelas cujos sintomas ocorrem em ligação com qualquer stress identificado durante o tratamento. Um grande número de pessoas com uma perturbação de despersonalização não responde bem ao tratamento, embora possa melhorar gradual e espontaneamente.
CASOS GRAVES Alguém sofrendo de despersonalização severa pode ser especialmente suscetível ao suicídio, realizando o processo de forma calma e tranquila, sem ter real consciência do que faz. Se o problema relacionado com a despersonalização for tratado, a despersonalização severa - assim como em qualquer outro dos seus graus - pode ter seus sintomas reduzidos e até mesmo anulados.
CONTEXTO EXISTENCIAL Existencialistas usam o termo num contexto diferente. Despersonalização, do ponto de vista existencialista, é o tratamento dado a pessoas considerando-as objectos, ou desconsiderando seus sentimentos. R. D. Laing usou o termo "despersonalização" como o medo da perda da autonomia nas relações interpessoais.A maior parte contando assim com (73%) fica responsável pela pele,e apenas (21%) da parte do tronco,em geral os cabelos ,o rosto ,nariz e estomago tão são alvos muito altos.
TRATAMENTO tratamento da fobia é primeiramente procurar pelas razões pelas quais uma pessoa começa a criticar uma parte do seu corpo. É difícil apontar a fonte exata - se genética, influências dos pais ou estresse - mas as consequências são sérias.Procurar manter a cabeça ocupada,não ficar se alto criticando ou colocando defeitos,evitar se olhar no espelho , não procurar as imperfeiçoes e sim veja o que ha de melhor em você.Enfim tenha uma vida sadia e se veja como a pessoa melhor do mundo.
Um comentário:
Estou escrevendo TCC sobre o assunto. Pode me informar a bibliografia?
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