Pessoas que assumem o papel de vítima podem ter problemas de autoconfiança, mas também podem estar usando o comportamento como tática para obter vantagensVocê já deve ter trabalhado com alguém que nunca admite ter culpa por nada que deu errado. Aquela pessoa que não assume responsabilidades, evita tomar decisões, vive se defendendo, tem dificuldade de dar sugestões e sempre se faz de coitadinho. Para completar, sente raiva dos colegas que, na sua opinião, trabalham menos e, mesmo assim, são mais valorizados pela chefia. Trata-se do "profissional vítima".E o que leva alguém a agir dessa maneira? "O 'coitadinho' desenvolve um comportamento de vítima --às vezes, inconscientemente-- que pode estar ligado à baixa autoestima, à falta de autoconfiança ou à imaturidade"
Mas há, também, o coitadinho do tipo espertalhão, segundo ela, que é aquele que assume o papel de vítima com a intenção de manipular as pessoas e tirar vantagens das situações. Por exemplo, deixar para os outros a tarefa de tomar decisões importantes, simplesmente porque não quer se comprometer.
O paranoico é outro tipo de profissional que se vitimiza: "Aquele que acha que existe uma conspiração contra ele. Boas Ideias para os Relacionamentos e os Negócios. Essa pessoa vive atormentada por achar que é perseguida, injustiçada e incompreendida. E, muitas vezes, usa isso como argumento para usufruir de benefícios que outros colegas não têm.
Fazer amizade com o chefe é tática
Um profissional que se faz de vítima, dificilmente, desenvolverá um perfil de liderança ou ocupará um cargo importante em uma empresa. Mesmo assim, pode prejudicar os colegas. Como? Ao conquistar a confiança da chefia, por exemplo, poderá se sentir superior a eles e passar a inferiorizá-los ou, ao fugir de suas responsabilidades, elas acabarão indo parar nas mãos de outra pessoa.
Para Edson Félix, consultor de carreira, o "profissional vítima" não está preparado para grandes desafios nem para enfrentar as pressões das grandes responsabilidades. Por isso, muitas vezes, aproxima-se do chefe, tornando-se amigo dele, como uma maneira de se proteger.
Dependendo da maturidade do líder, porém, a tática dá apenas uma falsa ideia de segurança. Se o chefe souber separar amizade de trabalho, não preservará um profissional incompetente em seu grupo apenas por ter afinidades pessoais.
Aliás, é papel do chefe identificar esse tipo de profissional nas equipes. "Ele deve desconfiar do funcionário que nunca assume seus erros e tem sempre uma desculpa para tudo, ainda mais quando essa justificativa envolve responsabilizar outras pessoas.
Para lidar com o colega que se faz de vítima
Nem sempre é fácil neutralizar as atitudes de quem se sente ou se faz de vítima, mas há medidas simples que podem ser tomadas. "Uma delas é impulsionar o profissional a assumir suas responsabilidades. Muitas vezes, é importante que ele tenha alguém que estimule o seu desenvolvimento.
Se a pessoa é do tipo que não quer se comprometer, a melhor forma é mostrar a participação que ela tem nos acontecimentos, por mais que tenha dificuldade de assumir isso. Porém, para não ser você a vitima do "coitadinho", sempre é bom registrar tudo que é dito ou decidido (formalizando as conversas por e-mail, por exemplo).
Cinco passos ajudam chefes a investigar essa situação
1. Acompanhe seus funcionários de perto para ter uma boa percepção do ambiente e das pessoas que trabalham nele. Preste atenção aos jogos de interesse que se estabelecem entre os colegas que estão sob seu comando;
2. Deixe claro o quanto é importante assumir responsabilidades por suas atitudes e que jogar o problema nas costas de outra pessoa pode ter consequências graves;
3. Se não houver possibilidade de acompanhar de perto os colaboradores, faça uma investigação indireta por meio de conversas informais sobre o clima da empresa ou de uma área específica;
4. Peça ajuda ao RH da empresa. O departamento pode coletar informações e elaborar uma estratégia para lidar com esse tipo de profissional;
5. Saiba diferenciar o profissional que se faz de coitadinho daquele que realmente está enfrentando problemas. Muita gente reclama com razão e merece atenção.
Um novo emprego costuma vir acompanhado de expectativas, uma boa dose de otimismo e pitadas de apreensão. Assim como foi preciso esforço para conquistar uma vaga, será necessário lutar para mantê-la. "Basicamente, as pessoas perdem o emprego por não desempenharem bem tarefas ou não se relacionarem adequadamente com colegas" Afirma -se que ?são as pessoas que te ajudam a crescer e são elas que te tiram do jogo". É claro que experiência e formação são importantes na hora da contratação. Mas, há outros fatores importantes: proatividade, compromisso, ética, criatividade e a capacidade analítica, por exemplo. fazer o que gosta também entra para essa lista. Os especialistas listaram dez comportamentos que, apesar de corriqueiros, podem fazer você perder o emprego rapidamente. V
DESCOMPROMISSO COM O TRABALHO:
não se mostrar proativo, agir sem entusiasmo e dedicar-se pouco às tarefas podem depor contra você. "Quando o profissional ingressa em uma empresa, a sua imagem e competência ainda estão à prova. Portanto, é preciso empenho consistente, o que demonstrará seu valor", Além disso, passado o período de experiência, é preciso não desanimar. Continue levando ideias novas, demonstrando interesse e executando as tarefas com capricho
PERDER TEMPO COM PROBLEMAS PESSOAIS:
desavenças com o marido ou a namorada, problemas com a escola do filho ou ligações intermináveis para resolver assuntos bancários estão fora de cogitação."Os problemas pessoais devem ser resolvidos em outro momento, mesmo que envolvam colegas de trabalho", diz. O objetivo profissional é o mesmo de todo o grupo, por isso nada justifica desviar a atenção de suas tarefas. É claro que há exceções, como uma emergência. Mas não inclua à sua rotina profissional tarefas que não fazem parte do trabalho
ATRASAR-SE COM FREQUÊNCIA:
Sabe se que, hoje em dia, há lugares flexíveis em relação ao horário. Mas para aqueles em que o controle é rígido, atrasos sem justificativas serão vistos de maneira negativa. "É importante que o profissional procure conhecer as regras da empresa em relação ao relógio", diz ele. Quem não tem horário fixo para trabalhar, porém, precisa ficar atento aos horários de reuniões e outros compromissos agendados. Eles precisam ser respeitados
UTILIZAR, CONSTANTEMENTE, FERRAMENTAS DO TRABALHO PARA USO PESSOAL:
há quem deixe para imprimir documentos pessoais na empresa; outros aproveitam o material de escritório ou estrutura da empresa em benefício próprio ou utilizam o computador e a internet do escritório para tarefas pessoais. Ocasionalmente, isso pode ocorrer, afinal, passamos grande parte do dia trabalhando. Há, também, profissões em que é importante estar sempre conectado às redes sociais, por exemplo. Mas o uso frequente para fins que não são profissionais pega mal com a chefia
SER INTOLERANTE OU INFLEXÍVEL:
o velho e bom jogo de cintura também é válido no trabalho, principalmente em relação aos colegas e aos gestores. Os donos da verdade, geralmente, têm vida curta no ambiente corporativo. "Os relacionamentos podem impulsionar ou sabotar sua permanência na empresa.
ACOMODAR-SE NO CARGO:
funcionários que ficam anos em uma mesma posição profissional e não mostram interesse em aprender mais ou desenvolver novas aptidões correm sérios riscos. "O profissional tem que se manter atualizado e sempre procurando se desenvolver".
SER INCAPAZ DE REALIZAR TAREFAS COM COMPETÊNCIA: é comum, ao ingressar em um novo trabalho, precisar de um tempo para se adequar e conquistar resultados. Porém, quando esse tempo se estende além do habitual, pode indicar incompetência para desenvolver o trabalho ou falta de interesse para aprender as novas funções. Os dois fatores são extremamente prejudiciais ao empregado
TER COMPORTAMENTO INADEQUADO:
Os mais variados níveis de comportamento inadequado são prejudiciais à carreira, desde a maneira de se vestir ao jeito de conversar ou atender ao telefone. Conversar em tons muito alto, falar palavrões, fazer piadas preconceituosas, falta de higiene e desleixo pessoal podem levar rapidamente à demissão
CRIAR PROBLEMAS, NÃO SOLUÇÕES:
um bom profissional não deve jamais ser o causador de situações conflituosas, muito menos alimentá-las. "Não se deve fazer de cada situação desagradável entre a equipe um problema que os líderes tenham de resolver. Não é isso que ajudará a manter a ordem. Em casos assim, a maturidade e o bom senso falam mais alto e são atitudes apreciadas pelas chefias. Se você tem um problema, tente resolvê-lo primeiro, antes de levar ao chefe. Se você não pode tomar essa decisão sem consultar um superior, leve opções de solução para facilitar a vida dele
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