Para muita gente, estudar é um verdadeiro prazer. No entanto, para a grande maioria, essa atividade é sinônimo de tortura, e só o fato de pensar em ter que passar várias horas na companhia de livros e anotações já é um sofrimento. Confira a seguir:
1 – Prepare-se mentalmente
Pense em como você se prepara para fazer algo que realmente gosta, como assistir a filmes ou jogar o seu game favorito, por exemplo. Como você prepara o ambiente? Qual é a postura que você adota? Costuma deixar comidinhas e quitutes por perto para não ter que interromper a sua atividade toda hora para buscá-los?
A ideia é que você “empreste” algumas dessas ações que você normalmente realiza enquanto está se dedicando à sua atividade favorita para tornar uma experiência desagradável — neste caso, estudar — menos chata, por associação. Além disso, um ambiente agradável pode ajudar você a se sentir melhor mentalmente, portanto o espaço no qual você vai estudar não precisa ser austero nem parecer uma estação de trabalho.
2 – Conheça o seu ritmo
A verdade é que não existe um ritmo ideal, e cada um estuda — e progride — à sua maneira. O importante é conhecer qual é o seu, e lembrar que, se você é mais minucioso e leva mais tempo para estudar, vai ter que reservar um período maior para essa atividade.
Mas, independente de que você precise de muito ou pouco tempo ou tenha mais ou menos disponibilidade na sua agenda
, não se esqueça de que fazer pequenos intervalos é superimportante. Portanto, você pode estabelecer “recreios” — como 10 minutinhos a cada meia hora de trabalho, por exemplo — durante as sessões de estudo, além de se dar pequenos agradinhos de prêmio por ter se concentrado na sua atividade.
3 – Tire proveito da sua memória
Saber como a memória humana funciona pode ajudar bastante nessas horas. Estudos já demonstraram que, no caso de um texto, por exemplo, as pessoas se lembram melhor das primeiras e das últimas coisas que leram, tendo mais dificuldade para recordar claramente o conteúdo do “meio”. O mesmo ocorre com atividades realizadas no decorrer do dia.
E não adianta querer mudar isso, pois os nossos cérebros estão programados para processar as informações dessa forma. Então, para tirar o maior proveito disso na hora de estudar, tente organizar o conteúdo de forma que as questões mais importantes fiquem concentradas no começo e no final da sua sessão de estudos.
4 – Planejamento
Independente de que você tenha que estudar para uma prova supercomplexa ou para algo mais simples e menos dispendioso, é sempre bom ter um plano de como você vai fazer para se preparar. Uma forma de fazer isso é dividir o conteúdo total em blocos menores, que podem ser os diferentes tópicos do assunto que você está estudando.
Isso pode ajudar com que você perceba com mais facilidade os elementos mais importantes do texto, além de memorizar palavras ou aspectos-chave. Com esse método, você pode utilizar esses bloquinhos de informação para criar uma base de dados mental que pode ser acessada quando você precisar. Aqui também vale aquela velha técnica de relacionar termos complicados a palavras e frases engraçadas para aguçar a memória.
5 – Mapa mental
Criar diagramas também pode ajudar você a memorizar informações mais facilmente. Assim, a partir de um conceito principal, relacione os aspectos menos importantes progressivamente através de mapinhas, criando subcategorias. Nelas, você pode incluir qualquer termo ou ideia que considere importante, contanto que o conjunto ajude você a organizar melhor as informações.
Os mapas mentais — ou diagramas — são simples e fáceis de criar, e você vai perceber que eles são muito mais eficientes do que as listas convencionais. Eles podem ajudá-lo a se lembrar de um volume maior de informações, devido à forma como foram criados, seguindo uma linha específica de raciocínio. Tente fazer um na próxima vez que tiver que estudar para uma prova de História, por exemplo!
Construindo e entendendo - O aprendizado é comparável a construção de uma casa. Até você terminá-la você não consegue ter uma ideia do todo. As limitações na comunicação impedem a transmissão do conhecimento. Em vez de apenas ouvir as aulas, leia os livros e anote os tópicos para compreender os assuntos.
Para montar a casa você precisa das matérias primas, tijolos, argamassa e vidros. Infelizmente as estratégias de aprendizado recaem em dois tipos básicos que não contemplam o todo:
Memorização: em vez de construir algo, sua atenção recai sobre apenas um tijolo, por vários minutos, tentando memorizar sua exata posição;
Fórmulas: Isso é equivalente a estar cego, tateando ao redor de uma casa que você não conhece. Você não pode ver o edifício em si, mas você aprende a se locomover através de regras simples para evitar chocar-se com uma parede. Seria essa uma forma de estudo bastante estática.
Não há nada particularmente errado com essas estratégias, mas devemos assumir que elas não são completas. O cérebro humano não é um computador, então você não pode memorizar uma soma infinita de conhecimento sem alguma estrutura. Também temos que assumir que fórmulas não irão funcionar se as questões que elas foram feitas para responder forem alteradas.
O aprendizado Holístico
A estratégia alternativa é focar na funcionalidade da informação que você está aprendendo. Isso envolve a ligação de conceitos e compreensão da informação para ter uma ideia do todo. Aqui vão algumas idéias para você começar.
Metáfora - Através delas você pode rapidamente organizar as informações, comparando uma ideia complexa a uma muito mais simples. Quando você personifica uma relação entre as informações, com analogias para melhorar sua compreensão, seu entendimento pode ficar mais simples. Por exemplo: Compare neurônios com ondas em uma corda. Faça metáforas comparando a insuficiência venosa de membros inferiores com uma represa…
Use todos os seu sentidos - Ideias abstratas são difíceis de memorizar porque elas fogem dos nossos sentidos. Tente aproximá-las daquilo que é sinestésico linkando essas ideias a sentimentos e imagens que que ajudem coloca-las em um contexto.
Ensine o assunto - Ache alguém que não entenda o tópico e ensine para ele. Esse exercício o força a organizar todo seu conhecimento. Gastar 5 minutos explicando um conceito pode poupar uma hora de estudos combinados com o mesmo efeito.
Não deixe ilhas - Quando você estuda atravéz de um livro, todo pedaço de informação deve estar conectado a outro que você já tem o conhecimento (progressão do conhecimento). Pessoas que aprendem rapidamente fazem isso automaticamente, porém, se você deixar ilhas de informação, você não será apto para acessá-las durante uma prova. Exercite a conexão entre os assuntos.
Teste sua Mobilidade – Uma boa maneira de saber se você ligou suficientemente as informações é testar se você pode mover-se pelos conceitos. Abra um documento do word e comece a explicar o assunto que você está trabalhando. Se você não conseguir “pular” entre as sessões, referenciando uma ideia para explicar uma outra, você não estará apto para “pensar adequadamente” entre esses assuntos durante uma prova.
Ache padrões - Procure padrões nas informações. A informação ficará mais simples de ser organizada se você puder identificar padrões mais amplos que são similares entre os diferentes tópicos. Na bioquímica, a maioria das reações obedecem o padrão de oxidação e redução. Entendendo este conceito, você pode prever a maioria dos processos bioquímicos que ocorrem em nosso corpo. Da mesma forma, esse conceito é amplamente aplicado na farmacologia.
Crie uma boa fundação - Ler muito e ter um conhecimento geral de muitos assuntos dá a você maior flexibilidade em achar padrões e metaforizar novos objetos de estudo. Quanto mais você já conhece, mais fácil de aprender.
Não force - Não é necessário estudar muito antes das provas. Forçar o aprendizado durante os poucos dias que precedem uma prova é incrivelmente ineficiente. Ao invés disso tente linkar as ideias que lhe ocorrem [sobre o assunto], assim a recapitulação é muito melhor que a primeira tentativa de aprendizado. Estudar sempre é o conselho.
Construa modelos - Modelos são conceitos simples que não são verdades por eles mesmos, mas são úteis para descrever ideias abstratas. Uma experiência ou imagem consolidada pode criar um modelo que você conseguirá referenciar quando estiver tentando entender um novo conceito.
O aprendizado está em sua cabeça - Ter um caderno organizado ou livros perfeitamente sublinhados não importam para o entendimento da informação. Seu único objetivo deve ser compreender o novo conhecimento para isso “grudar” na sua memória. Não tenha medo em se atrapalhar quando está escrevendo suas ideias em um papel e conectando-as em sua cabeça. O uso de cadernos é apenas um meio para o aprendizado, e não um fim para o resultado
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