Não dá para obrigar alguém a sentir afeto. Se perceber sinais de rejeição, não
pressione
A figura da madrasta bruxa, personificação do mal, ainda está solta por na imaginação de algumas pessoas. Portanto, não facilite. Se pisar na bola com os filhos de seu namorado ou marido, eles podem confundi-la com a vilã dos contos de fadas. Antes que isso aconteça, dê uma olhada na nossa pequena lista de proibições.
1. Pode me chamar de mamãe
Você não é nem deve tentar ser a mãe de seus enteados, ainda que ela já tenha morrido. Se agir assim, pode despertar nas crianças a sensação de que estão traindo a mãe biológica consequentemente, por lealdade, vão rejeitar você. O ideal é ir definindo, com todos, o seu lugar na família: você pode conquistar amor e respeito sendo quem é, sem necessidade de competir com ninguém.
2. Que cara é essa?
Se os pais se separaram recentemente, é natural que os filhos fiquem tristes. Em geral, eles atribuem à madrasta toda a culpa pela separação. Mesmo que o divórcio tenha ocorrido há tempos, cultivam a ideia fantasiosa de que os pais vão reatar um dia, refazendo a família e sua chegada põe fim a esses sonhos. O melhor a fazer é permitir que os sentimentos deles tristeza, raiva ou ciúme sejam expressados.
3. Por que você não gosta de mim?
Não dá para obrigar alguém a sentir afeto. Se perceber sinais de rejeição, não pressione e controle sua ansiedade em ser aceita rapidamente, pois essa atitude só tende a piorar as coisas. Prepare-se para uma conquista lenta e gradual é assim que se estabelecem todos os vínculos. Desde o início, porém, você pode e deve exigir respeito.
4. Quem te ensinou isso?
Qualquer censura explícita ou velada à mãe e à educação que ela deu à prole colocará você em posição desfavorável. Se perceber que ela está fazendo intrigas ou agindo sem ética, discuta o problema com o seu parceiro, nunca com as crianças.
5. Seu quarto é uma vergonha!
A madrasta, juntamente com o pai, precisa deixar claro que as crianças devem respeitar as regras de funcionamento da casa mesmo que sejam diferentes daquelas a que estão acostumadas. Mas bom humor ajuda bastante na negociação. Não encare a bagunça como provocação: elas provavelmente também fazem cabaninha na sala da mãe, dos avós...
6. Pensa que dinheiro cai do céu?
É permitido explicar o valor real das coisas e recusar pedidos fora de propósito, mas fazer comentários sobre a pensão que ele dá aos filhos nem pensar. Essa questão e os dias de visita não cabem a você definir de preferência, devem ser decididos judicialmente, ou pelos pais, a fim de garantir o direito das crianças. Como o pagamento de pensão interfere no orçamento das famílias recasadas, você pode até estar insatisfeita. Nesse caso, tente chegar a um consenso falando com seu marido, não com os enteados.
7. Amo você como se fosse meu filho
Filhos são filhos e enteados são enteados trata-se de vínculos diferentes e o relacionamento com ambos será muito melhor se você não compará-los. O fundamental é fazer com que todos se sintam parte do clã, com direito a manifestar opiniões, desejos ou reclamações. No caso da chegada de um novo bebê, conte também com o amor e a camaradagem entre irmãos: nem tudo é disputa e ciúmes num lar.
8. Agora vocês terão uma família novamente
Cuidado para não se ver como a salvadora, que chegou para recompor o lar destruído. Essa imagem, além de não ser muito simpática, é falsa, porque o novo casamento não anula a experiência de separação que seu companheiro e as crianças vivenciaram. O melhor é encarar com naturalidade que essa relação será diferente da anterior e exigirá a criação de outros papéis. Tente se desapegar de modelos tradicionais e construa com todos aquele que funciona para vocês.
Casar-se ou ter um relacionamento sério com alguém que já tem filhos costuma provocar faíscas e até sérios problemas emocionais com os enteados. Porém, por mais complicado que seja tentar uma aproximação pacífica, há maneiras sensatas para alcançar a tão sonhada harmonia familiar. A seguir, especialistas consultados pelo UOL revelam quais são os dez mandamentos para se dar bem com os enteados
Dialogue. É preciso conversar sempre --e muito--, tratando a sua presença na família de forma natural. Explique a nova situação deixando claro que o amor dos pais verdadeiros não vai mudar. "O padrasto ou a madrasta não pode cair na besteira de achar que, por serem crianças ou adolescentes, os enteados não devem se meter na relação. Como são diretamente afetados pelo novo relacionamento, os enteados devem receber explicações com toda a calma, paciência e coerência
Jamais interfira no relacionamento entre enteados e pais biológicos. Eles irão precisar de momentos a dois, sem a interferência ou a presença dos novos parceiros. É importante dar esse espaço e entender o lado das crianças ou adolescentes. Também deve-se respeitar as características de cada idade. "As crianças pequenas têm necessidade de estar perto dos pais.
Não fale mal dos pais biológicos. Mesmo que a ex-mulher ou o ex-marido lide mal com a situação e tenha uma relação conflituosa com você e seu par, procure deixar os enteados o mais longe possível dos atritos. E segure a língua. Nenhuma criança --ou mesmo adulto-- aceita que se fale mal do pai ou da mãe. Cometer esse erro certamente levará o enteado a comprar brigas e fazer provocações sem fim --e com razão. Possíveis críticas ao ex-cônjuge, caso sejam inevitáveis, devem ser feitas longe de seus filhos.
Evite disputas. Não demonstre ciúmes nem competitividade em relação ao enteado e seus pais biológicos. As relações femininas (madrasta/filha), por exemplo, podem trazer disputas conscientes ou inconscientes. "É comum que as mulheres adultas disputem com as filhas a atenção do parceiro e até entrem em um jogo de força, para ver quem tem mais poder de influenciar o pai.Caberá à nova parceira administrar a situação, aceitar a proximidade e cumplicidade entre eles e até buscar ajuda psicológica para não cair nessa cilada.
Não force uma relação de proximidade com o enteado. Insistir para fazer amizade pode deixá-lo irritado ou acuado. É preciso respeitar o ritmo de cada um, mas sempre deixando claro que existe, a qualquer momento, a possibilidade de diálogo. "Crianças até oito anos tendem a aceitar melhor a situação. Já os adolescentes podem criar mais atritos, pois muitas vezes pensam que o relacionamento dos pais ainda poderia dar certo.
Não banque o pai ou a mãe. Respeite o espaço dos enteados e não tente ocupar um posto que jamais será seu, ou criará conflitos desnecessários com eles, que já estão sensíveis com a nova situação. Uma disputa só criará má vontade e impedirá a aceitação deles.
Não seja permissivo ou omisso. "A omissão acontece, por exemplo, quando os adultos acham não têm nenhuma responsabilidade em relação à educação dos enteados. Isso dificulta a criação de vínculo afetivo e também dá a ideia de que eles podem fazer o que quiserem, já que não há limites
Respeite os princípios de educação impostos pelos pais. Procure não contradizê-los nem criticá-los. Não ser omisso não significa ditar novas regras ou ir contra aquelas já definidas pelo pai ou pela mãe. Quanto menos confronto existir, maior a chance de uma convivência pacífica.
Não demonstre uma falsa intimidade e afetividade na frente do seu parceiro. Muito menos mude de atitude bruscamente, tornando-se indiferente logo que ele estiver distante dos filhos. Madrasta ou padrasto duas caras recebe dos enteados tratamento que corresponde a suas ações
- Não reaja a provocações. Por mais difícil que seja, conte até dez e entenda que o adulto é quem deve aprender a administrar a situação, sempre com bom senso, sinceridade e afetividade. "Reagir com agressividade e impulsividade ou usar palavras ofensivas, por exemplo, pode agravar a situação.
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