quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A VOZ




A voz humana consiste no som produzido pelo ser humano usando suas pregas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar, etc. Sua frequência varia entre 60 e 1100 Hz. De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábios, língua, dentes, palato duro, véu paladar e mandíbula. O pulmão produz um fluxo de ar, que funciona como um combustível para a voz, que é expulso pelo diafragma e passa para as pregas vocais, que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros, formadores da fonte de som da laríngeo. Os músculos da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom. Os articuladores articulam e filtram o som emanado pela laringe e até certo ponto podem interagir com o fluxo de ar para fortalecê-lo ou enfraquecê-lo como a fonte do som.


As pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções como raiva, surpresa e felicidade. Cantores usam a voz humana como um instrumento para criar música.

Produção

A voz é produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua "boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.
O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, criam a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Então a voz é ouvida.
As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).

Voz e comunicação

A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem de se agrupar e se comunicar. Ela é produto da sua evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos, atuando harmoniosamente para que se possa obter uma emissão eficiente. As pregas vocais (ou cordas vocais), primordialmente, não foram feitas para o uso da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as pregas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esfincteriana.
A voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas outras características.

Eufonia e disfonia

À emissão de uma voz saudável damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou seja, com uma ou mais de suas características alterada, damos o nome de disfonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.
A disfonia pode ser tratada. O profissional habilitado e responsável pela intervenção das disfonias é o fonoaudiólogo, e geralmente este profissional trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou o laringologista. Pode, ainda, trabalhar com o professor de canto. A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A incapacidade de produzir a voz é chamada de afonia.

Timbre

O timbre da voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traquéia e os pulmões, bem como a própria laringe.

Frequência

A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10.000 e 20.000 hertz, o que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4.000 hertz e a da voz humana se encontra entre 60 e 7.000 hertz.

O recorde de registro (tessitura) de voz mais alta pertence a Georgia Brown, que possui o registro de exatas oito oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer nota de piano.


Traços produzidos pelos sons de diferentes instrumentos e pela voz humana. Você pode distinguir facilmente o som de um piano daquele de uma corneta ou de um clarinete. Estes sons diferem em timbre porque são formados de uma mistura de freqüências.

O timbre nos habilita a distinguir dois sons de mesma intensidade auditiva e, freqüência fundamental.

A produção do som depende, basicamente, de ar e da laringe, onde estão as cordas vocais. A laringe é composta por três anéis de cartilagem. Dentro destes anéis, estão as cordas vocais, que são pequenos músculos com grande poder de contração/extensão. São classificadas em verdadeiras e falsas. As verdadeiras (com cerca de 1 cm nos homens e até 1,5 nas mulheres) estão na parte inferior da laringe e as falsas na parte superior. O som da voz normal é produzido pelas verdadeiras e o falsete pelas falsas.

Durante a respiração, as cordas vocais permanecem abertas, enquanto que para a produção de som elas se fecham, e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som.


ESTUDO REVELA "FÓRMULA DA VOZ PERFEITA"
http://br.noticias.yahoo.com/s/30052008/40/saude-estudo-revela-formula-da-voz-perfeita.html

Sex, 30 Mai, 09h42

Londres, 30 mai (EFE).- Especialistas criaram a fórmula científica de uma voz humana perfeita e atraente, baseada na análise do tom, na velocidade da fala, nas palavras por minuto, na freqüência e na entonação utilizadas por homens e mulheres.


Esta fórmula foi criada a partir do estudo das vozes consideradas mais atraentes, como as das atrizes Judi Dench e Honor Blackman e as dos atores Alan Rickman e Jeremy Irons.

Uma pesquisa feita pela empresa de telefonia Post Office Telecom concluiu que as vozes destes atores foram as mais votadas.

A partir de então, o catedrático de Lingüística da Universidade de Sheffield (Inglaterra) Andrew Linn e o engenheiro de som Shannon Harris, tecladista de Rod Stewart, estudaram o mistério por trás da atração que exerciam estas vozes.

Desta forma, Linn e Harris obtiveram uma série de características matemáticas comuns a todas elas, que permitiam identificar os traços principais que deveria ter a voz perfeita.

Deste modo, a voz ideal deve pronunciar um máximo de 164 palavras por minuto, e deve emitir pausas de 0,48 segundo entre as frases com entonações distintas.

A freqüência do som da voz deve oscilar entre 34,5 Hz e 12,2 Hz, o que derivaria em um tom propício, nem muito grave nem excessivamente agudo.

Além disso, o estudo revela que características como autoconfiança e confiança nos demais influem positivamente na fala de uma pessoa e na atração que desperta sua voz.

Todas estas variáveis permitem, segundo os autores do estudo, entender e sistematizar de uma maneira científica as causas que levam uma voz a ser mais ou menos atrativa.

Voz Humana: Como é produzida?
http://www.morgadinho.org/vocoder/vocoder-doc/node4.html

Quando se fala, ar é puxado dos pulmões, passa pela garganta e pelas cordas vocais, sai pela boca e é produzida voz.

Ao falar, o tracto vocal muda de forma, produzindo diferentes sons.

Este conjunto limitado de sons é classificado em dois tipos de sons. Os sons sonoros (ou vozeados) que representam o vibrar das cordas e os sons surdos (ou não vozeados), para os quais as cordas vocais não vibram, apenas permanecem abertas.

É importante referir que, a classificação nestes dois tipos é essencial no processo de analise/síntese de um sinal de voz, se queremos conseguir reproduzir o original, uma vez que este, é constituído de sons vozeados e não vozeados.

Exemplos de sons vozeados são os sons produzidos na pronúnciação das vogais ``a'', ``e'', ``i'', ``o'', ``u''. Por outro lado, a pronúncia de letras como o ``f'' e o ``s'' no meio de palavras são exemplos de sons não vozeados.

Quanto à vibração das cordas vocais, esta é outro dos factores chave na produção de diferentes sons e acontece com uma certa frequência (ou taxa) que é designada de 'pitch' e que varia com a voz e de pessoa para pessoa. As mulheres e as crianças têm normalmente uma frequência maior (vibração rápida) que os homens adultos (vibração lenta).

A quantidade de ar vinda dos pulmões determina a altura (ou volume) da voz.


A VOZ HIPERNASAL ( VOZ FANHA)

A voz que "escapa" pelo nariz
por Patrícia Antoniazi


A voz é o instrumento de trabalho mais difundido em nossos tempos, em um uso por vezes excessivo e extenuante, conseqüência direta de nossa civilização. Somos decisivamente influenciados pelas vozes das pessoas com quem convivemos, mas agimos de tal forma inconsciente neste denso mar sonoro, que tomamos esta experiência como dada, não percebendo a verdadeira qualidade especial, por um lado mágica e, por outro, divina, da preciosidade da comunicação. A nossa rede de configurações sócio-culturais é estabelecida por meio de nossa dinâmica fonatória e do desvelamento de nossas intenções e finalidades neste complexo processo das relações humanas.
A voz falada guarda as características densas de nossa personalidade e de nossa vida emocional, sendo considerada uma poderosa fonte de identificação do nosso ego. 

Quando estamos diante de uma voz “fanha” (hipernasal) temos a sensação que o falante apresenta alterações cognitivas. O que nem sempre é verdade. E, mesmo diante deste caso, o julgamento anterior, somente pela qualidade vocal, faz com que o indivíduo saia em desvantagem.
Já atendi inúmeros casos de voz com ressonância nasal e os donos dessas vozes eram atores, modelos, artistas plásticos, arquitetos, professores, adolescentes e crianças. A grande maioria apresentava afecções respiratórias  (rinite, sinusite, desvio de sépto..) e eram bastante inteligentes.
Para que não haja a hipernasalidade é necessário que haja o fechamento normal do mecanismo velofaríngeo. Este fechamento ocorre principalmente, com o movimento do músculo elevador para trás e para cima em direção à parede posterior da faringe. Pode haver também a participação da musculatura lateral da faringe proporcionada pela ação do músculo constritor da faringe, em alguns tipos de fechamento. Na criança este tipo de fechamento dá-se pelo estreito contato do músculo elevador do véu com a tonsila faríngea, aderida à parede posterior da faringe, ou ainda, do véu e das paredes laterais com estas. Muitas anormalidades estruturais do funcionamento velar podem ser observadas quando estamos diante de uma voz hipernasal (fanhosa), dentre estas podemos citar: fissura submucosa, fissura submucosa oculta, problemas neurológicos, fechamento velofaríngeo inconsistente ou de origem funcional, anormalidades de base de crânio ou da coluna cervical, entre outros.
A fonoterapia tem o objetivo de aumentar a precisão dos movimentos necessários para a produção dos sons de fala e direcionar o fluxo aéreo oral para a cavidade bucal  para minimizar a hipernasalidade vocal.
Ao se adequar os pontos articulatórios e direcionar o fluxo de ar para a cavidade da boca, ocorre uma maior movimentação muscular de toda a região velofaríngea. Deste modo, o fechamento do esfíncter é facilitado e a hipernasalidade tende a diminuir ou mesmo ser eliminada. Ë o que acontece na maioria dos casos encontrados na clínica fonoaudiológica.
Entretanto, em alguns casos de hipernasalidade a indicação é cirúrgica com a colocação de cartilagem na parede posterior da faringe, realização da faringoplastia, dentre outros procedimentos


Tipos de Voz. Qual é a sua?



A voz nunca deve ser avaliada isoladamente, devemos considerar também os fatores hereditários, de saúde geral, natureza psicológica, nível sócio econômico cultural do indivíduo.
  
VOZ ROUCA: é a manisfestação vocal mais comum, de qualidade ruidosa, indica irregularidade de vibração das pregas vocais. A frequencia e intensidade estão diminuidas. Geralmente está relacionada a lesões orgânicas e quadros organofuncionais; como vasodilatação, edema, presença de massa de característica flácida, como nódulos ou pólipos. Voz típica das gripes.

VOZ ÁSPERA: o que chama mais atenção nesta voz é a característica desagradável da emissão. O esforço para falar é visível, e exsitem ataques vocais bruscos. Voz típica de rigidez da mucosa, como nas leucoplasisas, retrações cicatriciais. Exsite pouca mucosa à vibração.Pela situação de rigidez , a frequencia fundamental é aguda.

VOZ SOPROSA: presença de ar não sonorizado, ruido à fonação. A falta de coaptação das pregas vocais, mostra o fluxo contínuo de ar passando pela glote. É típica de intensidade baixa  e frequncia grave, mas é compensando com o esforço para reduzir o escape de ar, portanto podemos encontrar forte intensidade. Aprsenta-se em quadros de fadiga vocal, disfonias hipocinéticas, paralisiade prega vocal entre outros.

VOZ SUSSURRADA: é o extremo da voz soprosa, onde nenhuma parte do ar é modulada pela glote. Podemos observar presença de fenda paralela. Mucosa rígida.

VOZ FLUIDA: é um estágio intermediário entre a voz neutra e soprosa. Auditivamente percebemos uma emissão agradável, com frequencia fundamental grave, laringe baixa, e amplo movimento de mucosa.  Voz de locução comercial, é encontrada em edema de mucosa.

VOZ GUTURAL: emissão tensa com abafamento de harmônicos, predomínio da ressonância latingofaríngea.

VOZ COMPRIMIDA: contração exagerada que pode envolver vestíbulo laríngeo antero-posterior. A vibração da mucosa é pouco extensa, ataques vocais bruscos estão presentes, alto índice de pressão subglótica. 

VOZ TENSA ESTRANGULADA: pouca quantidade de ar transglótico, quebra de frequencia e sonoridade, tensão de todo o trato vocal. A incoordenação pneunofonoarticulatória é evidente.

VOZ BITONAL: caracterizada por dois diferentes sons, com frequencia , intensidade e qualidade vocal diversas. Desnivelamento das pregas vocais no plano horizontal, ou de diferença de tensão, massa ou tamanho.

VOZ DIPLOFÔNICA: semelhante a voz bitonal, porém sem desnivelamento das pregas vocais.

VOZ POLIFÔNICA: irregularidade na qualidade vocal, encontra-se rouquidão soprosidade, aspereza, com compromentimento severo na fonte glótica.

VOZ MONOTONA: caracterizada pela monoaultura, monointensidade, associada a gama tonal, inflexões e tessitura diminuida.

VOZ TREMULA: variações acentuadas de frequencia fundamental, produzindo sensação de instabilidade à emissão.

VOZ PASTOSA: diminuição da ressonância orofaríngea, como se o paciente tivesse uma batata na boca.

VOZ BRANCA OU DESTIMBRADA: diminuição das características melódicas, voz com poucos harmônicos, tom grave e gama tonal restrita. Características de timidez e introversão.

VOZ CREPITANTE: caracterizada por tom grave, pequena intensidade, grande aperiodicidade, e alringe com pregas vocais grossas e encurtadas.

VOZ INFANTILIZADA: tom agudo, elevação da laringe, anteriorização da língua, articulação distorcida.

VOZ FEMINILIZADA: aprsenta um tom agudo superior a faixa masculina (entre 149 e 150 hz), e na tessitura feminina, acima de 150 hz.

VOZ VIRILIZADA: apresenta tom grave, é encontrada em mulheres com grande edemas de prega vocal

VOZ PRESBIFONICA: falta sustentação de frequencia, intensidade e qualidade de emissão. Observada em indivíduos idosos, sendo mais comum no sexo masculino.

VOZ HIPERNASAL: uso excessivo da cavidade nasal, também chamado de rinolalia aberta, a produção glótica é normal, neste caso o som é modificado na cavidade de ressonância. Típico de fissuras lábio palatinas.

VOZ HIPONASAL: diminuição do componente nasal, normalmente esperado na fala. Os pacientes com essa característica tendem a substituir as consoantes M - N - NH  por B - D - G ,como quando estamos resfriados. Também chamando de rinolalia fechada. Voz com qualidade abafada e sem riqueza de harmônicos.

VOZ NASAL MISTA: qualidade vocal resultante de insufuciencia velar, associada a obstrução nasal.





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