1 Jogos de computador
Isolam socialmente as crianças e roubam
o tempo de estudo, certo? Errado. Pesquisadores descobriram que crianças que
jogam regularmente conseguem melhorar a coordenação visomotora, a compreensão
das Ciências e até o Q.I.
Um estudo de 2002 com 700 crianças
constatou que os jogos de estímulo e aventura, como Sin City e RollerCoaster
Tycoon, desenvolviam o pensamento estratégico e a capacidade de planejamento, indica que os jogos de computador
são uma ótima forma de explicar as noções básicas da Física.
Acreditamos na forma lúdica para desenvolver o raciocínio lógico, a percepção
e a concentração das crianças. Os jogos de seqüência lógica e os que utilizam
elementos da literatura infantil estão entre os mais disputados”, diz Adriana
Couto, coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Mopi.
MAS, CUIDADO!
Alguns jogos podem provocar sintomas de
estresse, e as crianças mais novas são mais afetadas, por serem menos capazes
de distinguir fato de ficção. Ponha o computador onde você possa vê-lo.
2 Estar meio gordinho
Se você acha que estar alguns quilos
acima do peso é um crime capital, não tema. Um estudo americano sobre a taxa de
mortalidade de 2,3 milhões de pessoas verificou que os que têm Índice de Massa
Corporal (IMC) entre 25 e 30 – tecnicamente, “gordos” – não correm risco maior
de ter doenças cardiovasculares e câncer do que quem tem o “saudável” IMC de
18,5 a 25.
Como isso é possível? Katherine Flegal,
pesquisadora-chefe do estudo e cientista dos Centros de Controle e Prevenção de
Doenças (CDCs) na Geórgia, explica que é possível que pessoas mais velhas,
acima do peso, tenham maior reserva nutricional e que isso as ajude quando
adoecem. Isso pode influenciar as estatísticas gerais de todos os grupos
etários.
também ressalta -se que a parte do corpo que engorda
pode ser mais importante que o IMC: engordar na linha da cintura é pior do que
engordar nos quadris. “Ter mais de 94 cm de cintura, no caso dos homens, e mais
de 84 cm, no caso das mulheres, provoca um aumento significativo do risco de
doença cardiovascular e diabete tipo 2”, diz ele. “Esse perigo aumenta ainda
mais acima de 102 cm/94 cm.”
Assim, se, em termos gerais, você for
ativo e estiver em boa forma – e se seu corpo tiver formato de pêra em vez de
maçã –, não vale a pena se estressar com alguns quilinhos extras.
MAS, CUIDADO!
O risco para a saúde aumenta quando se
é obeso (IMC igual ou maior do que 30). Um estudo que acompanhou 115 mil
enfermeiras durante 15 anos verificou que as mulheres obesas têm risco 28 vezes
maior de desenvolver diabete do que as com IMC de 22. Aconselha se a
manter o IMC abaixo de 27 (divida seu peso em kg pelo quadrado da altura em
metros).
3 Ouvir música alta
Quem se desespera com a trilha sonora
trovejante que vem do quarto do filho adolescente vai se surpreender quando
souber que ouvir música alta pode fazer algum bem.
Há provas científicas de que, quanto
maior a intensidade da música, mais prazer se tem, de acordo com uma pesquisa
da Universidade de Manchester. Tudo se deve ao sistema vestibular, responsável
pelo equilíbrio, mas que também transmite as vibrações; quando as ondas sonoras
o estimulam, ele envia ao cérebro uma mensagem positiva.Acredita-se que seja um vestígio do sentido da audição primitiva, ligada a
impulsos básicos como fome e sexo.
Mas, se o resultado for a perda de
audição, será que vale a pena? Embora o som transmitido
numa sala tenha de ter mais de 90 decibéis (o equivalente a uma motocicleta ou
um cortador de grama) para provocar a reação vestibular, os sons transmitidos
pela matéria sólida, como o chão ou uma caixa de som, só precisam ter 30
decibéis para provocar a mesma sensação.
MAS, CUIDADO!
Na verdade, em boates e shows de rock o
som pode ultrapassar os 100 decibéis. Bradford Backus, especialista em música e
perda da audição do Instituto de Audição da Universidade College London, diz
que, quanto mais tempo se escuta música alta, maiores são os danos. Ouvir 85
decibéis durante oito horas é considerado seguro, mas, se o som aumentar para
88 decibéis, é preciso reduzir o tempo de audição à metade.
4 Sebo nas canelas
Correr, principalmente em pisos duros,
tem sido responsável pelo desgaste dos joelhos, que, entre outras coisas, pode
provocar osteoartrite. Mas um novo estudo mostra que, na verdade, quem corre
regularmente tem menos probabilidade de desenvolver a doença do que os que não
correm.
Parece que correr fortalece a
cartilagem ao redor do joelho, impedindo a degeneração. Pesquisadores da
Universidade Monash, em Victoria, na Austrália, acompanharam 300 adultos entre
os 50 e os 79 anos de idade durante mais de uma década e descobriram que o
volume da cartilagem aumentou nos que mais se exercitavam.
Corridas regulares também podem reduzir
a dor: verificou se que as
pessoas mais velhas que praticam exercícios físicos regulares, inclusive
corridas, sentiam 25% menos dores musculoesqueléticas do que as sedentárias.
Isso significa que quem tem
osteoartrite deveria se exercitar? “Isso mesmo”, diz o “Quanto
mais exercitamos nossas articulações, mais fortes elas tendem a ficar”,
acrescenta ele.
MAS, CUIDADO!
Qualquer pessoa, principalmente quem
tem mais de 50 anos, deve passar por uma avaliação cardiovascular para saber
qual o tipo de exercício ideal. “Não comece com exercícios rápidos. Reserve-os
para quando o corpo estiver mais bem preparado.
5 Laticínios
integrais
Se você se acostumou a só tocar em
alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura nenhuma, talvez seja hora de
relaxar.
Um estudo da Universidade do País de
Gales que acompanhou 2.375 homens durante mais de 25 anos mostrou que os que
consumiam mais laticínios integrais tinham 63% menos probabilidade de sofrer de
“síndrome metabólica”, um conjunto de sintomas como pressão alta, nível elevado
de lipídios e glicose no sangue, que pode provocar diabete, problemas cardíacos
e acidente vascular cerebral. Acredita-se que os ácidos graxos de cadeia média
presentes no leite, no iogurte e no queijo integrais aumentem a sensibilidade à
insulina dos que sofrem de síndrome metabólica, tornando mais fácil para o
corpo controlar o peso.
MAS, CUIDADO!
Os laticínios integrais só trazem esse
benefício se fizerem parte de uma alimentação equilibrada. No fim do dia, quem
ingeriu calorias demais vai engordar.
6 Escreveu, não
leu...
No Brasil, cerca de 600 milhões de
mensagens de texto são enviadas por mês via celular, segundo levantamento da
operadora Claro, o que poderia ser considerado mais um golpe mortal na
interação humana. E, de acordo com uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no
Brasil, 51% das pessoas que têm telefone celular usam o aparelho para enviar e
receber mensagens SMS.
Confirmo se que, no caso de
adultos jovens, as mensagens de texto eram importantíssimas para a interação
com os pais.
Os especialistas indicam que a natureza
discreta dos torpedos é que os torna tão atraentes para os jovens,
permitindo-lhes manter contato ao mesmo tempo que preservam seu próprio espaço.
Os telefonemas podem ser mais diretos,
mas as mensagens escritas tornam coisa do passado as emoções explosivas e a má
interpretação do tom de voz, que, muitas vezes, levam os mais jovens a evitar o
telefone (os pais podem parecer intrometidos quando na verdade só estão
preocupados).
MAS, CUIDADO!
Aconselha se a não ficar mais de 10 minutos teclando mensagens, para evitar lesões
por esforço repetitivo. “Na digitação, usa-se principalmente o polegar, cujo
tendão é muito sensível. Por isso, deve-se ainda trocar de dedo para reduzir a
tensão.”
7 Cafeína
Muitos supõem que o café e o chá
descafeinados são mais saudáveis, e já foram feitas associações entre cafeína e
palpitações cardíacas e o câncer de pâncreas.
Mas vem crescendo a lista de como, na
verdade, a cafeína pode fazer bem.
Vários estudos indicaram que o café
pode combater ou retardar o desenvolvimento da doença de Parkinson em homens. O
mais provável é que a cafeína seja a responsável, diz o Dr. Kieran Breen, diretor
de pesquisas da Sociedade da Doença de Parkinson; talvez estimule a produção de
dopamina pelas células nervosas para contrabalançar os sintomas da doença ou
talvez realmente proteja as células nervosas. Alguns estudos indicaram que a
cafeína pode ajudar a prevenir cálculos da vesícula, embora ainda não haja
consenso.
Um estudo japonês verificou que pessoas
de meia-idade ou mais velhas que tomavam café diariamente apresentavam metade
da taxa de câncer de fígado comum. Além do mais, a cafeína não afeta apenas o
humor; há também indícios de que possa melhorar o desempenho dos atletas.
MAS, CUIDADO!
Há indícios de que a cafeína seja
nociva para quem tem diabete ou hipertensão. Os
portadores da doença podem usar a substância com moderação. Eliminar a cafeína
não causa muito impacto sobre a pressão arterial.
8 Ser mãe e trabalhar
fora
Às vezes você pensa que o estresse de
cuidar da família e de trabalhar fora ao mesmo tempo vá levá-la para o hospício
ou o cemitério? Na verdade, um estudo de 2005 constatou que mulheres que
combinam carreira profissional com casamento e maternidade têm menos
probabilidade de ficarem doentes do que as que ficam em casa ou que não têm
filhos.
Os dados, reunidos pelo Estudo Nacional
de Saúde e Desenvolvimento do Conselho de Pesquisa Médica, que acompanhou
durante a vida toda homens e mulheres britânicos nascidos em 1946, também
indicam que 38% das mulheres que passaram muitos anos como donas de casa
estavam obesas aos 50 anos, contra apenas 23% das que foram mães e trabalharam
fora.
MAS, CUIDADO!
Infelizmente, as mães que criam os
filhos sozinhas não têm os mesmos benefícios. As que trabalhavam fora e criavam
os filhos sozinhas eram menos saudáveis do que as que tinham parceiros ou que
não tinham filhos (embora ainda fossem mais saudáveis do que as mães que não
trabalhavam fora).
9 Bebidas
Você já deve saber que o vinho tinto,
tomado moderadamente, ajuda a proteger o coração, mas os benefícios das bebidas
alcoólicas não param por aí. Se prefere cerveja, anime-se: estudos nos Países
Baixos e na República Tcheca verificaram que o conteúdo elevado de vitamina B6
da cerveja pode impedir o acúmulo de homocisteína, aminoácido que, em nível
elevado, tem relação com o infarto. A cerveja também contém polifenóis, tão
louvados no vinho por controlar o colesterol LDL.
E aqueles que preferem bebidas
destiladas? Bem, se você aprecia um gim-tônica, talvez goste de saber que o
quinino da água tônica pode impedir cãibras noturnas. Num pequeno estudo de
2005, Um medico mostrou
que o quinino era mais eficaz do que os exercícios de alongamento das
panturrilhas para impedir o problema.
É claro que a água tônica contém 83 mg
de quinino por litro e os médicos costumam receitar doses de 200 mg a 300 mg de
quinino toda noite. Mas doses menores também podem ajudar.
MAS, CUIDADO!
Beber mais do que três ou quatro
unidades de álcool por dia para homens (duas ou três para mulheres) não apenas
põe em risco a saúde: as bebidas alcoólicas também são calóricas. E doses altas
de quinino podem resultar em quininismo: conjunto de sintomas como zumbido, dor
de cabeça, rubor, náusea, dor de barriga e urticária.
10 Refrigerantes
açucarados
Não é ótimo que haja refrigerantes
dietéticos? O mesmo sabor praticamente sem calorias. Mas um estudo de 2005 da
Universidade do Texas verificou que, num grupo de 622 participantes
acompanhados durante oito anos, os que tomavam refrigerantes diet regularmente
tinham probabilidade maior de engordar ou ficar obesos do que os que tomavam a
mesma quantidade de refrigerantes comuns.
Embora os adoçantes artificiais possam
ter o mesmo gosto do açúcar, “o corpo talvez não se deixe enganar e saiba que
não recebeu as mesmas calorias – e aí fica querendo mais”.
Os refrigerantes dietéticos também
podem estimular uma falsa sensação de segurança. “Há quem pense que, se tomar
refrigerante diet, poderá compensar comendo uma barra de chocolate.
MAS, CUIDADO!
Para emagrecer, ainda é preciso reduzir
calorias. “Tome uma bebida açucarada por semana e aproveite, em vez de um monte
de refrigerantes diet que não satisfazem.
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