1 - TRABALHAR COMPULSIVO (WORKAHOLIC)
Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro sobressair-se socialmente, tem sido glorificado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando.
O trabalho pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou pensamentos mais difíceis de serem vivenciados.
Mas quando a atividade funciona como uma forma de:
- esconder-se,
- fugir
- ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas,
Ou seja, quando alivia a angústia da vida de relação, o trabalhar pode tornar-se compulsivo, constante, enfim aditivo.
A pessoa com compulsão pelo trabalho freqüentemente, tem comportamento que:
- Exige dos outros o mesmo ritmo que tem para si,
- Costuma criticar demais esses outros,
- Exige perfeição,
- Exige dedicação
- Exige devoção ao trabalho, tal como elas próprias se comportam.
Estes comportamentos é típico do Compulsivo para o Trabalho, mas ele também sofre com sua situação.
Normalmente são pessoas:
- perfeccionistas,
- severas,
- isoladas,
- inflexíveis,
- amargas
- exageradamente “realistas”.
Também conhecidos como os workaholics, eles:
- racionalizam tudo na vida,
- ocultam seus próprios sentimentos,
- têm um contato mínimo com eles próprios e mantêm "abafados" seus conflitos íntimos.
Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, trata-se de uma atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais.
2 - ATIVIDADE FÍSICA COMPULSIVA (VIGOREXIA)
A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência do comportamento compulsivo para a prática de exercícios. Muitos que estão bem abaixo do peso sentem obesos (anorexia). É hábito que o ser humano moderno esteja moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão.
Mas, alguns complexos de feiura ou de estar em desacordo com os padrões desejáveis podem levar à obsessão pela beleza física e perfeição.
Inicialmente essa atividade física pode proporcionar prazer, relaxar, fazer com que a pessoa se sinta mais saudável e bonita.
Quando isso se transforma num comportamento compulsivo, exercitar-se em excesso pode resultar em prejuízo físico, atingindo as articulações, aparelho respiratório e o coração.
O sistema emocional pode ficar comprometido quando se apresenta um comportamento compulsivo, constante, comprometendo a realização satisfatória de outras atividades da vida da pessoa e proporcionando sofrimento significativo em outros aspectos.
A atividade física compulsiva gera obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal que essas pessoas experimentam.
3 - COMPRAR COMPULSIVO (SHOPHOLIC)
Assim como os demais Comportamentos Compulsivos ou Aditivos, o comprador compulsivo é, praticamente, um dependente do comportamento de comprar, precisando fazê-lo sem limites para se sentir bem, pelo menos bem naquele momento (para depois se arrepender).
O(A) comprador(a) compulsivo(a) acaba por consumir coisas pelo fato de consumir e não mais pela necessidade do objeto que é consumido.
O transtorno, caracterizado pelo descontrole dos impulsos, atinge cerca de3% da população.
Quando a compulsão
por comprar
se apresenta de forma severa...
Ela se torna uma doença psicológica chamada ONIOMANIA – COMPULSÃO POR COMPRAR.
Os portadores da Oniomania, também conhecidos como shopaholics ou consumidores compulsivos, freqüentemente não conseguem resistir à tentação de comprar.
Entre os comportamentos mais comuns dos shopaholics estão:
1º - Esconder as compras da família ou do parceiro;
2º - Mentir sobre a quantidade verdadeira de dinheiro gasto em compras;
3º - Gastar em resposta a sentimentos negativos como depressão ou tédio;
4º - Sentir euforia ou ansiedade durante a realização das compras;
5º - Culpa, vergonha ou auto-depreciação como resultado das compras;
6º - Se dedicar muito tempo fazendo “malabarismos” com as contas ou com as dívidas para acomodar os gastos; além de uma atração incontrolável por cartões de créditos e cheques especiais.
Uma pessoa só é considerada um consumidor compulsivos e é incapaz de controlar o desejo de comprar e quando os gastos freqüentes e excessivos interferem de modo importante em vários aspectos de sua vida.
Antes de cometer o ato do qual não tem controle, é comum que o consumidor compulsivo apresente ansiedade e/ou excitação.
As compras compulsivas podem levar a sérios problemas psicológicos, ocupacionais, financeiros e familiares que incluem a depressão, enormes dívidas e graves problemas nas relações amorosas.
A maioria apresenta culpa, vergonha ou algum tipo de remorso ao término do ato.
O comprador compulsivo consome pelo prazer de consumir e não pela real necessidade do objeto, e compra mais produtos relacionados à aparência como roupas da moda, sapatos, jóias e relógios.
Já durante a execução do ato, experimenta sensações de prazer e gratificação. E quando, por algum motivo, são impedidos de comprar, os pacientes costumam relatar sensações como angústia, frustração e irritabilidade.
O descontrole é sem limites. Chegam a não pagar contas essenciais para gastar com supérfluos. A gratificação e a satisfação obtidas através da compra não os permitem avaliar a possibilidade de futuros prejuízos.
Podemos traçar um paralelo entre as compulsões por compras e as dependências químicas.
Em ambas, há perda de controle e o paciente se expõe a situações danosas para si e também para os outros.
Assim como em alguns casos os dependentes químicos roubam para custear seus vícios, o compulsivo também pode se utilizar de meios ilegais para continuar comprando.
-- Infelizmente, a maioria dos shopaholics só costuma procurar ajuda quando as dívidas estão grandes e os gastos exagerados já acarretam problemas familiares, nos relacionamentos, em situações legais, ou até quando dão origem a episódios depressivos de intensidade importante.
TRATAMENTO -- PSICOTERAPIAS
Em alguns casos, os portadores do transtorno só chegam ao consultórios, trazidos por familiares, amigos ou pelo cônjuge.
CÉREBRO - Quanto à origem do transtorno, acredita-se que haja algum déficit do neurotransmissor serotonina, que reconhecidamente proporciona menor ocorrência de impulsividade.
4- JOGAR COMPULSIVO (OU PATOLÓGICO)
A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal adaptativo, recorrente e persistente, que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais.
A pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar.
A maioria dessas pessoas com Jogo Patológico afirma que está mais em busca de "ação" do que de dinheiro e, por causa dessa busca de ação, apostas ou riscos cada vez maiores podem ser necessários para continuar produzindo o nível de excitação desejado.
Os indivíduos freqüentemente continuam usando a internet nos jogos, apesar de repetidos esforços no sentido de controlar, reduzir ou cessar o comportamento.
Ganhar é um reforço positivo imediato e perder é “apenas” uma circunstância aleatória.Pois está na expectativa de ganhar.
O jogo pode tornar-se uma grande fonte de prazer, podendo vir a ser a única forma de prazer para algumas pessoas.
O jogador compulsivo costuma se tornar inconseqüente, gastando aquilo que não tem, perdendo a noção de realidade.
A síndrome de abstinência pode estar presente.
5 - TRANSTORNOS ALIMENTARES - COMER COMPULSIVO (BINGE-EATING)
Os transtornos alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens.
Vivemos em uma sociedade na qual existe o culto da magreza.
Existem os Transtornos Alimentares mais tradicionais, que são
- Anorexia
- Bulimia nervosa
- Cultura do esbelto
Como usufruir deste prazer sem sentir-se fora dos padrões sociais de saúde e beleza?
Quais serão os sintomas dessa epidemia emocional?
De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo.
Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo".
6- TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL – TDC
Assim, comer, um comportamento universalmente tido como prazeroso, torna-se alvo de preocupação de muitas pessoas.
A padronização massiva dos padrões de beleza, aliada ao culto à juventude eterna, tem estimulado a desconformidade e, até mesmo, rejeição a próprio imagem.
Afinal, todos sofrem o bombardeamento intensivo da mídia que nos compele a sermos jovens, magros, bonitos, bronzeados, bombados, siliconados...
Eem suma, devemos possuir corpos de Adônis para obter o tão almejado sucesso social.
Como o mal do TDC implica na progressiva distorção da auto-imagem, emblematicamente a Síndrome do Corpo Perfeito, ou de Adônis, ou Vigorexia, é uma das compulsões que mais se tem alastrado na avançada sociedade de consumo.
Dentro de certos limites, as preocupações com o corpo são saudáveis.
Contudo, quando a tênue faixa é extrapolada, o comportamento passa a exibir sinais de obsessão que suscitam casos bizarros que repercutem nos tabloides de fofocas, que ganham força na medida do tamanho da fama da personalidade pública envolvida nas excentricidades.
7.TRICOTILOMANIA - VÍCIO DE ARRANCAR FIOS DE CABELOS.
Tricotilomania é uma doença que é mais conhecida por seus sintomas do que pelo seu nome.
Pessoas que sofrem desse distúrbio de controle de impulsos arrancam os fios de cabelo para controlar a ansiedade e o nervosismo.
Algumas enrolam os fios no dedo para depois puxá-los. Nos casos mais graves acabam ficando calvas ou com grandes falhas no couro cabeludo.
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