A Hipotermia é caracterizada pela queda da temperatura normal do organismo, que é 37ºC, para valores abaixo de 35ºC. Essa sensação faz com que o indivíduo entre em processo de tremor devido às contrações dos vasos sanguíneos, que tentam diminuir a perda de calor pelo corpo, mantendo assim o organismo a uma temperatura normal.
Quando o organismo não possui energias suficientes para controlar o processo de hipotermia, pode levar o indivíduo a morte.
Classificação
Hipotermia Aguda: É caracterizada pela perda de temperatura corporal, de forma brusca e rápida, devido à exposição intensa ao frio. Essa queda corporal de forma agressiva é causada pela incapacidade do organismo de suprir e manter a energia interna, devido ao fato de ter sido esfriado também. É muito comum em casos de exposição à Neve, Tempestades, etc.
Hipotermia Subaguda: É caracterizada pela perda de temperatura corporal, gradualmente, em períodos mais longos até o desgaste total das reservas do organismo para suprir o calor interno.
Hipotermia Crônica: A mais comum em centros urbanos, principalmente em estações como o Inverno, onde o índice de resfriados e enfermidades acontece com maior freqüência. A Hipotermia Crônica é causada por consequências de alguma patologia.
Sintomas
Os sintomas mais comuns de hipotermia são tremores, esfriamento das mãos e pés, dormência nos membros, pouca energia, dificuldade em respirar, pulsação lenta, inchaço na face, perda de controle da bexiga. Em estágios mais avançados a hipotermia causa perda de memória, perda de controle dos membros superiores e inferiores, perda dos sentidos, perda da pulsação e pupilas dilatadas.
Causas
- Em ambientes frios, quando não há um aquecimento corporal que é fornecido pelas roupas, protegendo todos os membros, inclusive a cabeça.
- Exposição a chuvas e ventos frios. O contato da água com brisas geladas fazem com que a temperatura corporal abaixe.
- Pessoas que sofreram acidente, que tomam certos tipos de medicamentos, estão susceptíveis a terem hipotermia.
- Bebês mantidos em ambientes frios também estão aptos a terem hipotermia, se não houver um aquecimento correto de todo seu corpo.
Tratamento
Ao detectar um quadro de hipotermia são necessários alguns procedimentos para restabelecer a temperatura corporal, como:
- Massagens vigorosas no corpo
- Ingestão de bebidas quentes
- Se a vítima estiver com roupas úmidas, retire-as imediatamente, pois a água da roupa retira calor do corpo
- Deitar encostado à vítima, uma vez que a transmissão de calor vinda de outro corpo ajuda a aquecer e melhorar de forma rápida a temperatura corporal da vítima.
- Jamais dê bebidas alcoólicas, pois elas dão uma sensação instantânea de aquecimento, porém, reduzem a temperatura do corpo.
- Em casos mais graves, serviços médicos devem ser acionados, para adotar procedimentos mais específicos como infusão de soros aquecidos, aquecimento do tecido sanguíneo através da circulação extracorpórea entre outros procedimentos.
Prevenção
Para evitar a hipotermia alguns cuidados devem ser mantidos, como:
- Ao se expor em ambientes frios, utilize vestimentas adequadas. Proteger a cabeça é fundamental, uma vez que até 20% do calor corporal é perdido através dela.
- Caso estiver molhado devido a chuvas ou outras situações, troque de roupas imediatamente, uma vez que a roupa molhada diminui sua capacidade de manter a temperatura interna.
- Realizar movimentos corporais, exercícios, para ajudar o sangue circular corretamente, diminuindo sua contração.
- Alterações metabólicas:Hiperglicemia resultante do aumento de sua produção e redução do seu consumo em decorrência da taxa de metabolismo. O aumento da produção é decorrente do estímulo simpático à liberação de adrenocortisonas, que atuam sobre a mobilização de glicogênio hepático, tendo efeito semelhante ao glucagon com resultados mais duradouros. A redução do consumo ocorre em consequência da redução da produção de insulina, levando a uma intolerância à glicose.
- Alterações no SNC: ocorre uma natural redução da taxa de metabolismo que acarreta numa vasoconstrição cerebral, reduzindo o fluxo sanguíneo cerebral e atuando diretamente sobre a pressão intracraniana.
- Alterações cardiovasculares: a redução da temperatura leva à diminuição da pressão arterial que é acompanhada de uma redução da frequência cardíaca gerando um menor débito cardíaco, que pode desencadear em situações mais severas a quadros de necrose do teciso por falta de aporte sanguíneo e e arritmias cardíacas.
- Alterações no sistema renal a nível de eletrólitos: ocorre a perda da capacidade de concentração da urina conhecido como "diurese fria". A hipotermia eleva os níveis de potássio intra-celular ocsaionando hipercalemia que induz um aumento do risco de arritmias.
- Alterações do equilíbrio ácido-básico: ocorre um aumento da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio. Isto ocasiona uma dificuldade de liberação do oxigênio nos tecidos e consequentemente uma redução do seu consumo por estes. Esta redução também ocasiona uma diminuição na produção de gás carbônico, abaixando a pressão parcial de CO2 no sangue provocando uma elevação no pH sanguíneo.
- Alterações no sistema gastrointestinal: ocorre uma redução da motilidade gastrointestinal que ocasiona retardo na digestão.
- Alterações no sistema de coagulação: A hipotermia prolonga os tempos de coagulação, contribuindo para o risco de hemorragias. As causas podem ser: elevação de catecolaminas ou esteróides que interfiram diretamente no metabolismo da coagulação, hipoperfusão circulatória, leberação de tromboplastina oriunda de tecidos isquêmicos estimulados pelo frio.
A hipotermia pode ser classificada segundo o grau de periculosidade ao organismo:
- Leve - 34º a 36ºC - ocasiona apatia, diurese fria e hipovolemia.
- Moderada - 30º a 34ºC - ocasiona arritmias atriais, redução das frequências cardíaca e respiratória.
- Grave - <>
A Hipertermia é caracterizada pelo aumento da temperatura normal corporal, superior a 40ºC.
Suas causas estão relacionadas à exposição excessiva ao sol, exposição a ambientes de intenso calor, pelo consumo de medicamentos e pode ser também ocasionada devido a alguma patologia por febre muito alta.
É muito comum as pessoas associarem o termo febre com hipertermia A febre é representada pelos sintomas que são similares como calafrios, aceleração do pulso e da respiração, entre outros, que servem para reajustar alguns mecanismos de termorregulação. Já a hipertermia acontece devido à sobrecarga dos mecanismos termorreguladores do corpo, elevando a temperatura corporal acima do ponto de regulação térmica.
Causas da Hipetermia
- Exposição a ambientes com temperatura elevada
- Fatores que impedem o mecanismo de perda de calor
- Prática excessiva de atividade física
- Desidratação
- Intoxicações diversas
- Drogas como fenotiazinas, depressores miocárdicos, barbitúricos, anfetaminas, etc.
- Por agentes patológicos
Sintomas
- Suor intenso
- Confusão Mental
- Câimbras
- Náuseas
- Vômitos
- Aumento da frequência cardíaca
- Respiração intensa
- Ansiedade
- Perda de Coordenação
Consequências
A hipertermia pode levar o indivíduo a consequências catastróficas em algumas intensidades, com disfunção de vários órgãos e até a um óbito. Suas principais consequências são:
- Insuficiência Respiratória
- Insuficiência Renal Aguda
- Insuficiência Hepática
- Lesão Intestinal Isquêmica
- Pancreatite
- Trombocitopenia
- Hemorragia gastrointestinal
- Coagulação Intravascular disseminada
- Lesão Cerebral onde ao atingir a temperatura de 41ºC o cérebro começa a ser danificado e ao chegar à temperatura de 50ºC ocorre à rigidez dos músculos e leva o indivíduo a morte.
Tratamento
Para minimizar os problemas causados pela hipertermia, alguns processos devem ser feitos para conseguir o resfriamento do corpo. Os principais métodos são:
- Ventilar o corpo do indivíduo
- Cobrir com toalhas molhadas
- Usar sacos de gelos entre as virilhas, axilas e pescoço
- Cobrir o corpo com gelo
- Cobrir o corpo com cobertor gelado
- Lavagem gástrica e peritonial gelada
- Bypass cardiopulmonar
Pesquisas feitas com um medicamento denominado Dantrolene, revelaram que o uso da substância relaxa os músculos diminuindo o calor produzido pelo corpo. Porém deve ser prescrito por um médico.
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