quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Choque térmico

choque termico Choque térmico pode ser fatal

Choque térmico é a mudança rápida de temperatura do corpo. Pode acontecer, por exemplo, quando a gente sai do banho quente e vai imediatamente pendurar a toalha no quintal num dia bem frio ou ainda ao brincar embaixo do sol forte e entrar de uma só vez na piscina de água gelada.
É importante saber que o organismo leva um tempo para se adaptar à temperatura diferente da qual estava acostumado. E isso exige bastante esforço dos vasos sanguíneos e do coração.
No calor, as veias estão dilatadas (mais largas). No momento em que a temperatura abaixa de repente, se tornam estreitinhas, dificultando a passagem de sangue. Isso aumenta a pressão sanguínea e o esforço que o coração tem de fazer para levar sangue ao corpo todo. É nessa hora que sentimos tontura e mal-estar.
O contrário também ocorre quando, no frio, os vasos sanguíneos aumentam de tamanho de uma vez por causa do calor brusco. Nesse caso, porém, ficamos avermelhados e passamos a transpirar rapidamente.
CUIDADOS - Para evitar o choque térmico, é preciso tomar alguns cuidados. Se brincar na beira da piscina, represa ou na praia e quiser se refrescar, não mergulhe de uma vez. O organismo vai estar quente e a água, gelada. O ideal é ficar na sombra, molhar aos poucos as partes do corpo e só entrar depois, quando sua temperatura baixar.
Além disso, ficar em ambiente com ar-condicionado ou sair do banho quente e tomar vento gelado pode causar resfriado. Isso acontece porque os pelos do nariz (chamados cílios) - que têm a função de limpar o ar que respiramos ao se movimentarem - paralisam com a mudança de temperatura (de quente para bem frio). Desse modo, não conseguem ‘varrer' para fora do corpo intrusos, como poluição, bactérias e vírus, que podem provocar doenças.
PARALISIA - Quem nunca ouviu os adultos falarem que não é para sair na friagem depois do banho quente porque a boca entorta? A paralisia do rosto - chamada nevralgia - pode acontecer quando a temperatura do corpo muda muito e rapidamente. Existem pessoas com mais tendência do que as outras para tê-la, mas não se sabe ao certo o motivo. A maioria dos casos tem cura, desde que receba cuidados médicos.
Seu nome correto é "hidrocussão" ou Síndrome de Imersão. É um acidente provocado pela súbita exposição a água com uma temperatura 50C abaixo da corporal. Pode ocorrer portanto em temperaturas da água tão "quentes" quanto 310C, freqüentemente presente em nosso litoral ou em piscinas, ou até mesmo em um banho de chuveiro. Quanto maior a diferença de temperatura, e mais súbita a exposição, maior a possibilidade de sua ocorrência. Este súbito contato com a água mais fria que o nosso corpo estimula uma parte do sistema autônomo (vagal) produzindo então uma arritmia cardíaca ou na pior das hipóteses a parada cárdio-respiratória (PCR). A arritmia cardíaca reduz a capacidade do coração em bombear sangue produzindo então a queda súbita da pressão arterial e a conseqüente perda da consciência. Como estas situações ocorrem geralmente dentro da água, o afogamento é a conseqüência imediata deste acidente, e a morte é o resultado final ,caso esta vítima não seja imediatamente socorrida.


O "choque térmico" pode ser reduzido ou evitado se molharmos a face e a cabeça antes de mergulhar.
Tem de descansar após as refeições
Deve-se evitar entrar no mar, piscina ou represa depois de ingerir alimentos. O problema não é a água - que na verdade não faz mal - , mas o esforço físico. É difícil ficar sem nadar e brincar nesses lugares; só que fazer isso após as refeições pode provocar mal-estar.
É que depois de comer, parte do sangue se concentra mais no sistema digestivo para auxiliá-lo a digerir a comida. Com isso, a circulação de sangue fica mais lenta nas outras partes do corpo, como pernas, braços e cérebro.
Ao praticar atividades, o organismo é obrigado a enviar mais sangue para os músculos que estão em movimento. Desse modo, diminui a quantidade que ajudaria na digestão, podendo provocar enjoos e vômito.
Além disso, é preciso atenção redobrada na água, pois você pode desmaiar e se afogar. A dica é esperar cerca de duas horas após as refeições. No caso de comidas pesadas, como a feijoada, o tempo de descanso deve ser maior.
Tomar banho depois de comer não faz mal, desde que seja rapidinho e a água esteja morna. Caso a ducha seja gelada demais, o sangue será desviado do aparelho digestivo para a pele para aquecer o corpo. Assim, o alimento permanece mais tempo no estômago, podendo ocasionar incômodos.

Cuidados na água
- Ao chegar à praia procure sempre pelo guarda-vidas. Ele saberá orientá-lo sobre os locais mais seguros para brincar.
- Saia imediatamente da piscina ou do mar se começar a chover forte; você pode ser atingido por um raio.
- Observe e respeite as placas de advertência que indicam as áreas de perigo na praia e na represa. Na piscina, verifique a profundidade antes de entrar. Esteja sempre
acompanhado por um adulto nesses lugares.
- A água nunca deve ultrapassar a linha do seu umbigo. Os menorzinhos precisam usar coletes salva-vidas. No mar, não confie em boias e pranchinhas, pois podem arrastá-lo para o fundo sem que perceba.
- Nunca finja precisar de socorro. Um dia pode ser verdade e ninguém vai acreditar em você.

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