quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Entendendo os desconfiados.



Essa gente não confia nem em sua própria mãe. Assim são os desconfiados: praticamente não têm amigos, apenas se relacionam com os outros de maneira utilitária, e raramente se mostram solidários. Para eles, toda pessoa é potencialmente culpada até que se prove o contrario.
Costumam ser calados, e quando falam, o fazem de forma bastante reservada. Quando parece que vão nos confiar alguma coisa mais pessoal, desconversam com um comentário absolutamente vago.

O excesso de prudência os torna chatos: nunca dizem nada inesperado ou surpreendente. Conversar com eles é a mesma coisa que manter um diálogo com um comerciante calculista: não raciocinam, especulam; não dão, vendem: não recebem, cobram.

No relacionamento 

São aquele tipo de pessoa de quem se diz que é “fechadão” ou “seção”. Você nunca fica sabendo como foram os relacionamentos anteriores, e nem o que o desconfiado sente por você. Dão presentes muito ocasionalmente, pois eles não querem parecer sentimentais. Para eles, nenhuma prova de amor é suficiente, pois eles não acreditam no amor desinteressado. Exigem muito e oferecem pouco. Você fica sabendo que perderam o emprego duas semanas depois de ele ter terminado o aviso prévio!

Mas o que é pior: Desconfiam até da sua sombra. Se você se enfeita, acham que você tem um motivo “suspeito”. Se você estava ao telefone, você ouvirá uma verdadeira inquisição de perguntas, com agressividade rancorosa, já te condenando antes de ouvir qualquer defesa: “Com quem você estava falando por tanto tempo???”, perguntam.
Se você comenta algo sobre uma pessoa que eles sabem que é bonita, isso lhes parece um “sinal”: você prestou atenção demais na beleza alheia, e portanto sentiu atração por outro(a).

Enfim, é no amor que os desconfiados mostram sua faceta mais irritante, quase psicótica. E leva tempo até que você consiga ganhar sua confiança, então nosso conselho é: tenha fôlego!

No trabalho 

Você nunca sabe de nada por intermédio deles, mas eles sempre estão a par de tudo.Não tem colegas, mas aliados ocasionais. Mesmo sendo ateus, suspeitam que Deus criou o mundo apenas para prejudicá-los. Se dão muito bem com o chefe e jamais participam de uma greve. Não formam parte de grupo algum, apenas dos que podem lhe proporcionar um aumento de salário.

Se são caixas de um supermercado, por exemplo, revisam todas as pessoas que têm alguma sacola para verificar se não roubaram nada. Se são donos de um supermercado, não contratam empregados com filhos. As crianças poderiam ficar doentes e a empregada faltaria ao trabalho.

Nas amizades

 Mesmo para as poucas pessoas que se sentem seus amigos, eles não dão muita confiança. Jamais fazem uma confidência, mas ouvem com interesse as confissões dos outros e sabem manter segredo. Ao revelarem algo sobre si mesmos, se sentiriam cúmplices do seu interlocutor, e escolhem se preservar de tal possibilidade.

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