quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Reconhecendo rostos e a Prosopagnosia


A percepção dos rostos das pessoas é uma das funções mais desenvolvidas do cérebro humano, e durante a vida gastamos mais tempo observando-os do que qualquer outro tipo de objeto. A função fundamental do processamento de face é identificar o indivíduo que estamos olhando. Rosto amigo, conhecido ou não.
Nós reconhecemos os diversos rostos graças a uma parte do cérebro chamada giro fusiforme, que está localizada no lobo temporal. Ele processa os rostos que vemos e envia essa informação para outra parte do cérebro, a amígdala, responsável pelo processamento de emoções. Talvez seja necessária uma região especial para a percepção de faces, pois trata-se de um estímulo que requer discriminação entre milhares de outras faces, todas contendo a mesma estrutura básica.


Ao olharmos rapidamente as figuras ao lado, caracterizamos na figura 1 a sombra de um saxofonista e ao acrescentarmos uma pequena imagem ao lado na figura 2 caracterizamos um rosto.

Há uma região do córtex occipito-temporal lateral (no córtex extra-estriado) que responde preferencialmente a imagens do corpo humano,
A área de processamento da imagem do rosto, chamada de giro fusiforme (destaque em vermelho na figura do cérebro ao lado) é uma região perto da junção occipito-temporal, que responde seletivamente a faces. Estudos tem demonstrado que a área cortical da face no giro fusiforme é ativada mais intensamente por imagens de faces do que outras classes de objetos. Os neurônios seletivos à face respondem de duas a vinte vezes mais para faces do que para uma variedade de objetos.
Lesão traumática da área do giro fusiforme ou sua conexão com as amígdalas (área emocional do sistema límbico) produz uma alteração neurológica denominada de prosopagnosia. O mesmo podendo ocorrer em pacientes com distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia.
Prosopagnosia  – A prosopagnosia é um déficit neurológico caracterizado pela inabilidade de reconhecer faces, embora a função intelectual e o processamento visual estejam intactos. As lesões na área do giro fusiforme da face,  provocadas por um ferimento na cabeça é que estão associadas com prosopagnosia. Estudos recentes relatam casos onde a prosopagnosia ocorre com pouco ou nenhum comprometimento no reconhecimento visual de outros tipos de estímulos. As pessoas que sofrem de prosopagnosia reconhecem a voz do familiar, mas não reconhece o rosto e acha que alguém ou algo está ocupando o corpo do familiar. Age agressivamente, julgando que está ocorrendo um “dublê de corpo” como nos filmes de ficção científica.
Distúrbio Psiquiátrico  – “Ilusão de Capgras”, um distúrbio psiquiátrico raro em que o paciente acredita que seus amigos ou familiares não são quem eles dizem que são (prosopagnosia). Segundo quem sofre do distúrbio, as pessoas reais foram substituídas por impostores mal-intencionados. Joseph Capgras, o psiquiatra francês que primeiro escreveu sobre a ilusão, em 1923, depois de tratar uma mulher que se convenceu de que o marido e os outros que ela conhecia eram realmente dublês de corpo.

O rosto de uma pessoa é formado por diversas características, que são chamados pontos nodais. Existem cerca de 80 pontos nodais na face humana. Alguns exemplos de pontos nodais são a distância entre os olhos, o comprimento do nariz, o tamanho do queixo e a linha da mandíbula. Cada um desses pontos nodais é medido e armazenado em uma base de dados, formando a assinatura facial. A obtenção da assinatura facial completa a etapa de extração de características
 

Quando você não consegue lembrar das pessoas 



Prosopagnosia em grego: "prosopon" = "cara", "agnosia" = "inabilidade de reconhecer (também conhecida como cegueira para feições) era, até muito recentemente, tratada como uma desordem rara da percepção da face, na qual a habilidade de reconhecer os rostos está danificada, embora a habilidade de reconhecer objetos pudesse estar relativamente intacta. As pesquisas recentes, porém, sugerem que 1 em cada 50 pessoas (2% da população) sofre da desordem em algum grau, e acredita-se que seja hereditária. Até recentemente a desordem estava associada somente a alguma lesão cerebral ou a doenças neurológicas que afetam áreas específicas do cérebro, embora os casos de prosopagnosia congênita ou desenvolvida estejam sendo relatados com freqüência crescente.
A prosopagnosia congênita é provavelmente de caráter hereditário, autossômico e dominante.
Poucas terapias desenvolvidas foram bem sucedidas com pessoas afetadas, embora os indivíduos aprendessem freqüentemente a usar estratégias de reconhecimento como identificar as pessoas característica por característica . Esta estratégia pode envolver indícios secundários tais como a roupa, a cor do cabelo, a forma do corpo, e a voz.
Devido ao fato da face funcionar como uma característica de identificação importante na memória, pode também ser difícil para pessoas nesta circunstância manter-se a par da informação sobre pessoas, e se socializarem normalmente com outras. Segundo pesquisas no campo das Neurociências, a área responsável pelo reconhecimento de faces encontra-se no Lobo Occipital, em uma região chamada área fusiforme da face. Nota-se que pessoas que possuem comprometimento nesta região, apresentam incapacidade do reconhecimento facial, mesmo quando este é familiar.
Algumas pessoas usam também o termo prosofenosia (prosopagnosia), com referência à inabilidade de reconhecer os rostos como conseqüência de danos extensivos dos lóbulos occipital e temporal.


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